28/Jan/2025
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança do consumidor recuou 5,1 pontos em janeiro ante dezembro. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 86,2 pontos, na série com ajuste sazonal, menor patamar desde fevereiro de 2023, quando estava em 85,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice diminuiu 2,2 pontos. A queda da confiança do consumidor foi puxada pela deterioração tanto das perspectivas futuras quanto das condições atuais pelo segundo mês consecutivo, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos e evidenciando um maior pessimismo entre os consumidores neste início de ano. O indicador de situação financeira futura das famílias reforça essa percepção, apontando uma piora na visão do consumidor sobre suas finanças.
O resultado é disseminado entre as faixas de renda e possivelmente aliado a focos de pressão inflacionária, além da continuidade do aumento da taxa de juros que encarece dívidas e dificulta a compra de bens de maior valor. Em janeiro, o Índice de Expectativas (IE) recuou 6,0 pontos, para 91,6 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA) encolheu 3,3 pontos, para 79,4 pontos. Entre as expectativas, o item que mede as finanças futuras das famílias deu a maior contribuição para a queda da confiança no mês, ao diminuir 6,7 pontos, para 92,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022. O item que mede as compras previstas de bens duráveis caiu 5,9 pontos, para 85,1 pontos, e o que avalia as perspectivas para a situação futura da economia local recuou 4,6 pontos, para 98,3 pontos.
Quanto ao momento atual, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 4,1 pontos, para 69,7 pontos, e a percepção sobre a economia local diminuiu 2,5 pontos, para 89,5 pontos. Houve piora na confiança em todas as quatro faixas de renda familiar em janeiro. O índice passou de 90,4 pontos em dezembro para 84,6 pontos em janeiro entre as famílias com renda até R$ 2.100,00 queda de 5,8 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800,00 tiveram redução de 4,3 pontos na confiança, de 91,7 pontos para 87,4 pontos. O indicador passou de 92,7 pontos para 86,4 pontos entre as famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 redução de 6,3 pontos, e saiu de 92,1 pontos para 88,7 pontos, recuo de 3,4 pontos, no grupo com renda acima de R$ 9.600,01. A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 2 e 22 de janeiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.