24/Jan/2025

Segundo a Serasa Experian, a inadimplência entre produtores rurais pessoa física alcançou 7,7% no terceiro trimestre de 2024. O índice representa aumento de 0,3% em relação ao segundo trimestre do mesmo ano. Tendo em vista os desafios para acesso ao crédito, rolagem de dívida, patamar do preço das commodities, e outros contratempos, como os acontecimentos climáticos que afetaram a estabilidade financeira no campo, o cenário, mesmo com leve alta, ainda é relativamente bom. Os pequenos proprietários apresentaram o menor índice de inadimplência (6,9%), seguidos pelos médios (7,4%). Os grandes proprietários registraram o maior percentual (10,2%), enquanto produtores sem registro de cadastro rural, como arrendatários, atingiram 9,9%. Por região agrícola, a inadimplência no terceiro trimestre de 2024 foi a seguinte: Norte Agro (11,1%), Matopiba (9,5%), Nordeste Agro (9,3%), Centro-Oeste Agro (8,1%), Sudeste (6,6%) e Sul (5,0%).

O Matopiba inclui Tocantins, oeste da Bahia, sul do Piauí e parte do Maranhão. O Norte Agro abrange a Região Norte, exceto Rondônia e Tocantins, incluindo o noroeste do Maranhão. O Centro-Oeste Agro engloba os estados da Região Centro-Oeste mais Rondônia. O levantamento considerou dívidas vencidas há mais de 180 dias, com valor mínimo de R$ 1.000,00 contraídas em setores relacionados ao agronegócio. As instituições financeiras concentram 6,8% das dívidas, enquanto o setor agro e outros setores relacionados representam apenas 0,2% e 0,1%, respectivamente. O estudo mostra que produtores rurais mais jovens, de 18 a 29 anos, lideram a inadimplência com 12,1%, seguidos pela faixa de 30 a 39 anos (11,7%) e 40 a 49 anos (9,8%). Os menores índices estão entre os mais experientes: 80 anos ou mais (3,3%), 70 a 79 anos (5,6%) e 60 a 69 anos (6,3%). Produtores de 50 a 59 anos registram 7,5% de inadimplência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.