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21/Jan/2025

Brics: Nigéria confirmada como um “país parceiro”

Após o anúncio pelo governo brasileiro dos oito primeiros "países parceiros" do Brics, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o ingresso da Nigéria como país parceiro do grupo. As demais novas nações anunciadas são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. A Nigéria estava na lista dos países que estavam na fila para serem acrescidos, ao lado de Argélia, Turquia e Vietnã. Sendo a 6ª maior população do mundo e a 1ª do continente africano, além de uma das maiores economias da África, a Nigéria possui interesses convergentes com os demais membros do agrupamento, atuando ativamente no fortalecimento da cooperação do Sul Global e na reforma da governança global, temas prioritários para a atual presidência brasileira.

A consulta sobre o interesse de entrada de novos países no Brics foi feita pela Rússia, que teve a presidência rotativa do grupo no ano passado, a pedido do Brasil, que preferiu focar sua atenção em 2024 nas atividades do grupo das 20 maiores economias do globo (G20). A lista da Rússia ainda não foi fechada. O Brasil é o anfitrião do bloco emergentes desde o início do ano. O governo brasileiro informou que 30 nações já externaram interesse em participar do Brics tanto na qualidade de membros como de parceiros. Porém, havia a expectativa por parte da Turquia de se filiar ao grupo como um membro pleno, e não parceiro. Há flexibilidade para acomodar países em algumas situações específicas, como foi o caso da Indonésia, que havia mostrado interesse, mas por conta de mudança de governo, a decisão foi postergada.

Países parceiros podem participar da Cúpula, para a reunião de Ministros das Relações Exteriores e podem integrar outros espaços de discussão do fórum, após consulta aos países membros e decisão por consenso. Essas nações podem ainda endossar às Declarações de Cúpula do Brics, Conjuntas dos Ministros das Relações Exteriores do BRICS, bem como a outros documentos finais. Detalhes sobre mais acessos serão discutidos durante a presidência brasileira. O processo de adesão como "país parceiro" do Brics é realizado em etapas. A primeira, são consultas informais realizadas pela presidência de turno, seguindo critérios como equilíbrio geográfico e de manutenção de boas relações diplomáticas com todos os membros do grupo.

Em seguida, os líderes do bloco decidem por consenso convidar os países a somarem-se à categoria de "país parceiro". Finalizadas as consultas, a divulgação dos novos parceiros acontece na medida em que eles aceitam o convite. O Brics é um bloco fundado por Brasil, Rússia, Índia e China. O quinto país a entrar foi a África do Sul, em 2011. Em 2023, foram aceitos o Egito, os Emirados Árabes Unidos, a Etiópia e o Irã. Na virada do ano, a Indonésia também se tornou membro pleno. O grupo é visto cada vez mais com desconfiança pelos Estados Unidos por causa da crescente influência chinesa sobre o globo e as decisões do bloco tendem a ser monitoradas ainda mais de perto pelo novo presidente norte-americano, Donald Trump. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.