16/Jan/2025
O dólar voltou a cair nesta quarta-feira (15/01) no Brasil e se reaproximou dos R$ 6,00, em sintonia com a queda da moeda norte-americana e dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após dados de inflação nos Estados Unidos sugerirem que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode cortar mais os juros em 2025. O dólar fechou em queda de 0,36%, a R$ 6,02, a menor cotação de encerramento desde 12 de dezembro de 2024, quando terminou a sessão a R$ 6,01. Em janeiro, a moeda acumula baixa de 2,49%. O dólar chegou a oscilar no território positivo no Brasil, enquanto investidores aguardavam pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Quando os dados saíram, o dólar despencou em todo o mundo.
O CPI subiu 0,4% em dezembro, depois de avançar 0,3% em novembro. Nos 12 meses até dezembro, a inflação foi de 2,9%, depois de ter registrado 2,7% em novembro. Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice teve alta de 0,2% em dezembro, após um ganho de 0,3% no mês anterior. O chamado núcleo do CPI havia aumentado 0,3% por quatro meses consecutivos. Nos 12 meses até dezembro, o núcleo aumentou 3,2%, depois de ter subido 3,3% em novembro. Os números foram bem-recebidos pelo mercado, que viu chances maiores de o Fed cortar juros mais vezes em 2025. Isso pesou sobre os rendimentos dos Treasuries e, em paralelo, sobre as cotações do dólar. Após marcar a cotação máxima de R$ 6,07 (+0,41%), antes do CPI, o dólar atingiu a mínima de R$ 6,01 (-0,58%), quando o índice já havia sido divulgado.
Com o dólar se reaproximando dos R$ 6,00, alguns agentes aproveitaram a cotação mais baixa para comprar moeda, o que reconduziu a divisa para perto da estabilidade. O CPI, no entanto, continuou influenciando os negócios e o dólar voltou a ceder antes do fechamento. No exterior, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,11%, a 109,080. O Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025. O Banco Central informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 4,610 bilhões em janeiro até o dia 10, com saídas líquidas de US$ 3,362 bilhões pela via financeira e saldo negativo de US$ 1,247 bilhão pela via comercial. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.