10/Jan/2025
Segundo o Itaú BBA, as precipitações devem continuar restritas na Região Sul do Brasil, na Argentina e no Paraguai até a segunda metade de janeiro, o que mantém a preocupação com o rendimento das lavouras nessas regiões. Contudo, a partir da segunda quinzena de janeiro, é esperado o retorno das chuvas para o Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai, aliviando a condição de seca. Enquanto isso, as chuvas continuarão concentradas na Região Central do Brasil, com maiores volumes esperados no Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais, o que deve beneficiar as lavouras de grãos. No Centro-Sul, o tempo tende a permanecer mais aberto nos próximos dias, embora com possibilidade de pancadas rápidas de verão. Até a metade de janeiro, os maiores acumulados de chuva devem ocorrer em uma faixa que vai do Paraná ao sul do Maranhão.
Em dezembro de 2024, o cenário climático foi mais favorável do que no mesmo mês de 2023, marcado pelo calor intenso e pela escassez de precipitações devido ao El Niño. Houve maiores volumes de chuva e temperaturas mais próximas da normalidade, sem calor extremo na maior parte das áreas. No Paraná, os acumulados ficaram entre 300 e 350 mm no mês, enquanto em Santa Catarina as chuvas oscilaram entre 150 e 250 mm. No Rio Grande do Sul, no entanto, as precipitações ficaram limitadas, com exceção da parte norte do Estado. Na Região Centro-Oeste, o leste de Mato Grosso registrou acumulados de até 350 mm em dezembro, enquanto na Região Sudeste áreas do Triângulo Mineiro (MG) receberam mais de 300 mm no mesmo período. Apesar da ausência de ondas de calor significativas, a temperatura ficou levemente acima da média na Região Centro-Norte do País.
No cenário internacional, as chuvas fortes no fim de dezembro trouxeram alívio para as principais regiões produtoras de grãos da China, que enfrentavam um período seco de meses. A precipitação ajudou as lavouras de trigo de inverno, atualmente em floração, etapa crítica para o desenvolvimento da safra, com cerca de um mês restante até a colheita. As novas projeções da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) indicam que a La Niña deve se consolidar entre janeiro e março de 2025, mas com fraca intensidade e curta duração. A transição para a neutralidade deve ocorrer ainda no primeiro trimestre do ano. Ainda assim, deve-se observar efeitos nos padrões de temperatura no Brasil, com tendência de temperaturas mais amenas, reduzindo os riscos de ondas de calor prolongadas durante o verão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.