ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Jan/2025

China: depreciação do yuan para sustentar exportação

Desde dezembro, o yuan perdeu 1,3% em relação ao dólar, aproximando-se de uma mínima de 16 meses. Atualmente, US$ 1,00 equivale a cerca de 7,33 yuans. Economistas projetam que a moeda chinesa pode terminar o ano em torno de 7,5 yuan por dólar, o que representaria o menor valor em quase 20 anos. A pressão sobre o yuan aumentou após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor tarifas de 60% sobre as importações chinesas. A especulação é de que o banco central da China permita uma depreciação mais acentuada da moeda como resposta a essas tarifas elevadas. A ideia é que uma taxa de câmbio mais fraca sustente as exportações chinesas, que podem ser impactadas pelas tarifas.

No entanto, um yuan mais fraco também é visto como um sinal de desconfiança na economia chinesa, o que pode afastar investidores estrangeiros. Nesta quinta-feira (09/01), o Banco do Povo da China (PBoC) interveio para defender a moeda, anunciando que irá vender neste mês 60 bilhões de yuans (cerca de US$ 8,2 bilhões) em Hong Kong, com o objetivo de conter a queda do yuan a curto prazo. Economistas acreditam que o yuan deve continuar se enfraquecendo neste ano. Além das tarifas, o crescimento econômico irregular, os altos rendimentos de títulos do governo e o risco de deflação aumentam os desafios para a moeda chinesa a longo prazo.

Em comparação com a última guerra comercial, quando a economia chinesa crescia mais de 6% ao ano e o yuan estava mais forte, o cenário atual é mais difícil. A crise imobiliária também tornou a China mais dependente das exportações para impulsionar o crescimento. Apesar disso, o governo chinês tem investido em indústrias de alta tecnologia, como a de veículos elétricos, com resultados positivos. O aumento das exportações, ajudado pela taxa de câmbio favorável e pela baixa inflação, tem sustentado a economia. Economistas esperam que o comércio continue a ser um motor importante para o crescimento neste ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.