09/Jan/2025
O dólar fechou esta quarta-feira (08/01) perto da estabilidade ante o Real, ainda que no exterior o cenário fosse de aversão a ativos de risco após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reavivar o medo das tarifas de importação. Em um dia de agenda esvaziada no Brasil, o dólar fechou em leve alta de 0,08%, a R$ 6,11. O dólar ganhou impulso nos mercados globais após notícia da CNN de que Donald Trump está considerando declarar emergência econômica nacional nos Estados Unidos para justificar legalmente a imposição de uma grande quantidade de tarifas de importação sobre países aliados e adversários.
No Brasil, após registrar a cotação mínima de R$ 6,10 (-0,06%) às 9h00, na abertura da sessão, o dólar saltou para a máxima de R$ 6,15 (+0,84%), refletindo o avanço da moeda norte-americana e dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio às preocupações com a política tarifária de Trump e seus impactos sobre a inflação e os juros norte-americanos. Segundo a One Investimentos, o dólar index subiu em meio às discussões sobre tarifas, e a atividade econômica ainda está forte nos Estados Unidos. Por isso, o avanço do dólar ante o Real. Ao mesmo tempo, o fato de as preocupações com a área fiscal no Brasil terem diminuído nos primeiros dias do ano fazia com que o avanço do dólar ante o Real não fosse tão intenso nesta quarta-feira (08/01). Inclusive, a divisa retornou para perto da estabilidade no Brasil, ainda que no exterior se mantivesse em alta firme ante as divisas fortes e em relação à maior parte das demais moedas.
A volatilidade no dólar se dá por conta da falta de certeza sobre o que de fato haverá de tarifas com Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. O Banco Central informou que o Brasil fechou 2024 com uma saída líquida total de US$ 18,014 bilhões do País, no pior resultado para o fluxo cambial desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 contribuiu para um resultado negativo de US$ 27,923 bilhões. No ano passado, o País sofreu saída recorde de recursos pela via financeira, compensado apenas parcialmente pela entrada de dólares pelo canal comercial, que também foi a maior da série do Banco Central. O Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.