09/Jan/2025
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na terça-feira (07/01), que não descarta o uso de força militar para tomar o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia. Ele disse que os dois territórios são vitais para a segurança do país. O desejo expansionista de Trump parece seguir sua mentalidade de tornar tudo o que controla tão grande quanto possível. Nos últimos dias, ele tem falado repetidamente sobre a compra da Groenlândia e o domínio do Canal do Panamá. Agora, o arroubo imperial veio com uma novidade: rebatizar o Golfo do México de “Golfo da América”. Trump, no entanto, não explicou de que forma ele poderia concretizar a mudança de nome, mas rapidamente mudou de assunto e passou a culpar o país vizinho pela imigração ilegal. “O México tem de impedir a entrada de milhões de pessoas no nosso país. Eles podem pará-los”, afirmou.
Donald Trump também voltou a ameaçar o Canadá, dizendo que o país deveria ser um Estado norte-americano, porque os canadenses são sustentados pelos Estados Unidos. Desta vez, no entanto, ele disse que não utilizaria a força militar para anexar o vizinho, mas que usaria ferramentas econômicas. “Por que sustentamos um país com mais de US$ 200 milhões por ano?”, disse ele. “As nossas Forças Armadas estão à disposição deles. Eles deviam ser um Estado.” O presidente eleito ameaçou reduzir as importações de produtos canadenses. Ele prometeu também impor tarifas altas à Dinamarca, se ela não der a Groenlândia aos Estados Unidos. Não ficou claro até que ponto o futuro presidente estava falando sério, mas seu filho, Donald Trump Jr., desembarcou na terça-feira (07/01) na Groenlândia levando uma comitiva de empresários e aliados.
O filho de Trump garantiu que a visita era de cunho pessoal, que ele estava no território como “turista” e não pretendia se encontrar com nenhuma autoridade. O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, respondeu dizendo que a Groenlândia “não está e nunca estará à venda”. O premiê canadense, Justin Trudeau, também rejeitou a ideia de anexação. “Não há a menor hipótese de o Canadá vir a fazer parte dos Estados Unidos”. Para o Wilson Center, as ameaças de Trump são vazias. Se os Estados Unidos quiserem desrespeitar a lei internacional e agir como Vladimir Putin, podem invadir o Panamá e recuperar o canal. Mas, ninguém veria isso como um ato legítimo e traria danos graves à imagem dos Estados Unidos, além de instabilidade à região. Donald Trump divagou ainda sobre outros assuntos, muitas vezes de maneira desconexa e incoerente. Ele reclamou da retirada apressada dos Estados Unidos do Afeganistão, criticou a forma como o governo de Joe Biden lidou com a guerra na Ucrânia e o conflito em Israel.
Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro, também repetiu sua ameaça de não proteger os aliados da OTAN, uma parte fundamental do pacto militar, se eles não aumentassem para 5% do PIB a fatia de gastos de cada um com a defesa, um patamar bem mais alto do que os 2% exigidos no seu primeiro mandato. Em determinado momento, Trump falou durante mais de meia hora sem se concentrar em um único tema. Ele se queixou do foco de Biden nos carros elétricos. Depois, ele reclamou de chuveiros que saem pouca água. No fim, Trump tocou em um de seus assuntos preferidos: seu ódio às turbinas eólicas. “Elas estão enlouquecendo as baleias”, afirmou o presidente eleito, que prometeu não instalar mais nenhuma instalação eólica durante sua presidência.
O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que a União Europeia não deve permitir que outras nações do mundo ameacem suas fronteiras soberanas. A fala acontece após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar anexar a Groenlândia, que pertence à Dinamarca. Ele apelou à Comissão Europeia para que seja mais firme também contra as ameaças de interferência do bilionário Elon Musk, forte aliado de Trump. Se a Comissão Europeia não sabe como nos proteger contra esta interferência ou contra estas ameaças de interferência, então deve devolver aos Estados-membros, à França, a capacidade de se proteger, pontuou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.