18/Dec/2024
Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a balança comercial brasileira deve registrar um superávit de US$ 93,048 bilhões em 2025, um aumento de 23,7% em relação aos US$ 75,214 bilhões previstos para 2024. As exportações devem somar US$ 358,828 bilhões em 2025, alta de 5,7% em relação aos US$ 339,385 bilhões previstos para 2024. As importações alcançariam US$ 265,780 bilhões no ano que vem, elevação de 28,3% em relação aos US$ 264,171 bilhões projetados para este ano. As projeções para 2025 foram "quase um exercício de futurologia", considerando as tantas variáveis e riscos presentes no cenário atual, entre eles: os conflitos entre Israel e Hamas, entre Rússia e Ucrânia, e a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria; a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos e as novas medidas econômicas que poderão ser anunciadas; a aprovação da Reforma Tributária no Brasil e seus reflexos na economia doméstica; as estratégias comerciais da China; e o acordo negociado entre o Mercosul e a União Europeia.
Após anos de estabilidade, a taxa cambial voltou a ter sua importância nas operações de comércio exterior, principalmente por estar sofrendo frequentes e fortes oscilações, projetando pairar entre o piso de R$ 5,60 e o teto de R$ 6,40, influenciada pelo quadro político interno, cenário econômico brasileiro e mundial, níveis de taxas de juros internacionais e domésticas, índices de inflação, dívida pública federal, contas governamentais, entre outros fatores. Independentemente do nível da taxa cambial vigente, as exportações de produtos manufaturados do Brasil têm na América do Sul seu principal mercado de destino, embora neste momento estejamos assistindo a uma agressiva política comercial da China nesta região, retirando a liderança brasileira nas exportações para seus vizinhos.
Para 2024, as exportações de petróleo devem alcançar US$ 44,360 bilhões, novo recorde histórico para um único produto, liderando assim a pauta de exportações ao superar os US$ 43,078 bilhões previstos para a soja. A entidade projeta que as exportações de soja atinjam o pico histórico de 100 milhões de toneladas embarcadas. Todavia, salvo problemas de queda de safra, em 2025 a soja deve recuperar o posto de principal produto de exportação do Brasil, com projeção de US$ 49,500 bilhões exportados, ficando o petróleo em segundo lugar com exportações de US$ 44,100 bilhões. A corrente de comércio deve movimentar US$ 603,556 bilhões em 2024, subindo a um auge de US$ 624,608 bilhões em 2025, o que representaria um crescimento de 3,5%. Mais uma vez, soja, petróleo e minério deverão ser responsáveis por 34,04% das exportações totais projetadas pelo Brasil para 2025, indicando pequena redução frente aos 37,09% apurados em 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.