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18/Dec/2024

Seguros: “novo normal” climático exigirá parcerias

Segundo a Swiss Re Corporate Solutions, o ano de 2024 caminha para ser o mais quente da história da Terra, e um dos de maior perda para o mercado de seguros decorrentes de catástrofes naturais. A intensificação de furacões, tempestades e inundações pelas mudanças climáticas criou um "novo normal" em perdas, e exige que os governos busquem parcerias com as seguradoras para reduzir prejuízos financeiros. Essa parceria é uma forma de aliviar os gastos públicos associados a esforços de reconstrução em um contexto de eventos catastróficos mais frequentes. Boa parte da lacuna de proteção na América Latina vem de catástrofes naturais, o que significa que o custo é coberto pelo Estado.

Governos mundo afora criaram posições de gestores de risco, para avaliar e reduzir as exposições de cada país. Além disso, têm interagido mais com as seguradoras para entender de quais ferramentas dispõem, e levam o assunto inclusive à pauta dos respectivos ministros das Finanças, reduzindo o custo de emissões de dívida soberana. No Brasil, o mercado é grande, mas ainda pequeno em relação ao tamanho do País. Estudo divulgado neste mês pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) aponta que as enchentes no Rio Grande do Sul só tiveram cerca de 7% do prejuízo financeiro coberto por seguros. Os outros 93% não estavam cobertos, resultando no que a autarquia considerou como uma das maiores lacunas de proteção contra catástrofes naturais em todo o mundo.

As perdas decorrentes de catástrofes e cobertas por seguros têm crescido em todo o mundo. Neste ano, devem chegar a US$ 135 bilhões (cerca de R$ 826,2 bilhões), de acordo com o Swiss Re Institute, braço de pesquisas do grupo suíço. Será o quinto ano seguido em que o patamar excederá os US$ 100 bilhões. Ao que parece, anos de mais de US$ 100 bilhões em perdas seguradas parecem ser o novo normal. Traz algumas considerações sobre o que isso significa do ponto de vista do setor de seguros, como tentar entender se os riscos estão corretamente quantificados e se as seguradoras estão empregando o capital de forma a mitigar o risco.

A Swiss Re Corporate Solutions é o braço do grupo que opera com seguros para clientes de grande porte, como as grandes corporações. No Brasil, a empresa opera por meio de uma sociedade com a Bradesco Seguros, o que lhe dá a vantagem da rede de distribuição do Bradesco e da presença do banco junto ao setor empresarial. Nos últimos dois anos, as equipes da empresa no País têm feito um giro por regiões com potencial de novos negócios, como a fronteira agrícola da Região Centro-Oeste, acompanhados de profissionais do banco. Uma das vantagens na sociedade é a combinação da rede e o conhecimento local e as relações que a Bradesco Seguros tem com os conhecimentos da Swiss.

Na América Latina, a Swiss Re Corporate segue avaliando potenciais movimentos inorgânicos, de novos acordos à compra de empresas. Neste último caso, o objetivo é buscar diversificação de negócios através de seguros de crédito e de garantia. O objetivo da empresa é reduzir a correlação entre o negócio como um todo e as linhas de seguro patrimonial e de responsabilidade civil, diminuindo a dependência nesses dois segmentos. É provavelmente um dos maiores agentes no mercado de garantia no mundo. Brasil, Colômbia e México são mercados-chave para a empresa continuar crescendo na linha. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.