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16/Dec/2024

Inflação dá sinais de desaceleração em dezembro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,14% em dezembro, após a alta de 1,45% em novembro. Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram elevação de 1,54% em dezembro, ante uma alta de 1,88% em novembro. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram recuo de 0,02%, após o avanço de 0,23% em novembro. O INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,42%, depois de subir 0,58% em novembro. Com o resultado, o IGP-10 acumulou um aumento de 6,61% no ano de 2024. O período de coleta de preços para o indicador de dezembro foi do dia 11 de novembro a 10 deste mês. Os aumentos menos agudos nos preços de grandes commodities desaceleraram a inflação no atacado dentro do IGP-10 de dezembro.

Porém, ainda lideraram o ranking de maiores pressões sobre a inflação no atacado o café em grão (21,84%), carne bovina (10,49%), bovinos (7,22%), minério de ferro (2,22%) e milho em grão (5,45%). Todos os índices componentes do IGP registraram desaceleração no mês de dezembro. No IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), as principais commodities geram menor pressão de preços, com destaque para bovinos e milho em grão, que iniciaram um movimento de reversão das altas ocorridas nos últimos meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de um aumento de 1,88% em novembro para uma alta de 1,54% em dezembro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais aceleraram de uma alta de 1,14% em novembro para 1,29% em dezembro, impulsionados pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 3,17% para 4,03% no período.

O grupo de Bens Intermediários avançou de 0,01% em novembro para 0,57% em dezembro, puxado pelo aumento nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, que passou de -0,01% para 0,71%. O grupo Matérias-Primas Brutas arrefeceu de 4,69% em novembro para 2,81% em dezembro, tendo como principais contribuições os itens: minério de ferro (de 7,58% para 2,22%), bovinos (de 15,20% para 7,22%) e soja em grão (de 4,02% para 1,08%). Na direção oposta, os movimentos mais relevantes ocorreram no café em grão (de 2,05% para 21,84%), suínos (de 3,69% para 7,93%) e cacau (de -0,73% para 8,78%). O recuo de 6,78% no custo da energia elétrica residencial puxou a deflação ao consumidor medida pelo IGP-10 de dezembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) desacelerou de uma elevação de 0,23% em novembro para uma queda de 0,02% em dezembro.

Os preços ao consumidor ainda estão sendo impactados pela energia elétrica residencial, que teve a adoção de bandeira tarifária menor em relação ao mês anterior. Em relação ao mês anterior, quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas em dezembro: Habitação (de 0,04% em novembro para -1,57% em dezembro), Vestuário (de 0,26% para -0,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,26% para 0,11%) e Comunicação (de 0,08% para 0,06%). As principais contribuições partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de -0,17% para -6,78%), calçados (de 0,49% para -0,97%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,06% para -0,69%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,24% para 0,00%). Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Alimentação (de 0,74% para 1,12%), Despesas Diversas (de 0,21% para 1,02%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,27% para -0,09%) e Transportes (de 0,17% para 0,23%).

As maiores influências foram os itens carnes bovinas (de 5,22% para 6,73%), cigarros (de 1,18% para 8,25%), passagem aérea (de -2,87% para -1,04%) e tarifa de táxi (de 0,00% para 4,11%). O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 6,61% no ano de 2024, impulsionado, principalmente, pelos aumentos nos preços no atacado. No ano de 2023, o IGP-10 teve deflação de 3,56%. Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10, os preços no atacado medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) tiveram elevação de 7,31% em 2024. Em 2023, o IPA-10 teve deflação de 6,02%. Os preços ao consumidor verificados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) apresentaram aumento de 4,11% em 2024. Em 2023, houve alta de 3,43%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), que mede os preços da construção civil, teve elevação de 6,35% no ano. Em 2023, o aumento foi de 3,04%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.