13/Dec/2024
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras, avaliou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia parece trazer um "ganha-ganha" para a indústria automotiva dos dois blocos. Enquanto no Brasil as montadoras terão mais tempo para se preparar à competição com a Europa, o acordo vai facilitar o acesso dos europeus aos fornecedores de peças brasileiros. Pelo acordo assinado entre os blocos, o comércio de automóveis totalmente sem tarifas de importação só vai acontecer após 30 anos de o tratado entrar em vigor, com exceção dos automóveis eletrificados, onde a retirada de tarifas será mais rápida, em 18 anos.
Nos 6 primeiros anos, a indústria seguirá com a proteção atual: 35% do imposto de importação. As matrizes da União Europeia muitas vezes deixam de comprar hoje de fornecedores brasileiros porque existe um imposto de importação. Por sua vez, o Brasil terá uma adaptação mais longa no processo de abertura comercial. Isso vai ajudar pelos próximos 20 anos ou até mais. Ele lembrou que o impacto do acordo só acontecerá a partir do sétimo ano, de modo que haverá um processo mais lento de adaptação. É um acordo positivo, mas não com impacto a curto prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.