13/Dec/2024
De acordo com o 3º levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (12/12), a produção brasileira de grãos na safra 2024/2025, em fase de plantio, deve alcançar 322,42 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 8,2%, ou seja, 24,48 milhões de toneladas a mais em comparação com a temporada anterior 2023/2024 (297,94 milhões de toneladas). Caso o resultado seja confirmado, esta será a maior safra registrada na série histórica da Conab. Em comparação com a previsão anterior (322,53 milhões de toneladas), do mês passado, o volume de produção ficou praticamente estável. Com relação à área, a expectativa é que sejam semeados 81,39 milhões de hectares na atual safra, somando todos os ciclos de produção, o que corresponde a uma adição de 1,45 milhão de hectares em relação à temporada anterior, ou aumento de 1,8%. A produtividade média deve crescer 6,3%, passando de 3.727 Kg por hectare em 2023/2024 para 3.961 Kg por hectare na atual temporada.
As chuvas ocorridas até o momento favorecem as lavouras nos principais Estados produtores. Em alguns locais houve curtos períodos de falta de chuva, mas não o suficiente para influenciar na estimativa de um novo recorde na produção brasileira de grãos. A semeadura da soja entra nos estágios finais e nesta semana o índice de plantio atingiu 94,1% dos 47,37 milhões de hectares destinados para a oleaginosa. O clima tem contribuído para a instalação e o desenvolvimento da cultura em grande parte dos Estados produtores. Em algumas regiões de Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Tocantins e Maranhão foram registrados curtos períodos de falta de chuva. Ainda assim, as condições climáticas são favoráveis e é esperada uma produção de 166,21 milhões de toneladas, uma alta 12,5% em relação ao volume colhido em 2023/2024 (147,72 milhões de toneladas). Para o milho, a previsão é de uma produção total de 119,63 milhões de toneladas, 3,4% acima da safra anterior (115,70 milhões de toneladas). Apenas no primeiro ciclo do cereal, é esperada uma colheita de 22,61 milhões de toneladas, queda de 1,5% ante 2023/2024 (23 milhões de toneladas).
A semeadura da safra de verão (1ª safra 2024/2025) do cereal já ultrapassa 70% da área e as condições climáticas, nas principais regiões produtoras, favorecem as lavouras. A 2ª safra de 2025 deve atingir 94,63 milhões de toneladas, aumento de 4,8% ante 2023/2024 (90.26 milhões de toneladas). A Conab prevê, ainda, uma elevação de 3% na área destinada ao cultivo de algodão, com o plantio atingindo aproximadamente 2 milhões de hectares, o que resulta em uma estimativa de produção de pluma em 3,69 milhões de toneladas, leve queda de 0,2% ante a temporada anterior (3,70 milhões de toneladas). Com crescimento de 9,8% na área destinada para o arroz, estimada em 1,77 milhão de hectares, o plantio da cultura também avança e já chega a 86,6%. É esperado um incremento de área tanto no cultivo do arroz de sequeiro quanto sob irrigação. Com isso, a produção está estimada em torno de 12,06 milhões de toneladas do grão (10,59 milhões de toneladas em 2023/2024). No caso do feijão, é esperado um crescimento de 1,7% na área, estimada em 2,9 milhões de hectares.
O maior incremento na área é esperado no primeiro ciclo de plantio da leguminosa, podendo chegar a 907 mil hectares, e a semeadura já atinge 60,5%. A produção total (são três safras a cada temporada) também deve crescer 3,5% com expectativa de atingir volume em torno de 3,36 milhões de toneladas (3,24 milhões de toneladas em 2023/2024). A 1ª safra de feijão pode alcançar 1,045 milhão de toneladas ante 942,3 mil toneladas na safra anterior. A colheita das lavouras de inverno da safra 2024 caminha para a sua finalização, com a conclusão prevista para meados deste mês. Para o trigo, principal produto cultivado, a estimativa é de uma colheita de 8,06 milhões de toneladas, redução de 0,4% do resultado obtido na safra anterior. Essa menor produção foi ocasionada, principalmente, pela redução de 14,1% na área de plantio dos Estados da Região Sul, que representam 85,4% da área ocupada com trigo no País, aliada ao comportamento climático desfavorável durante todo o ciclo da cultura no Paraná. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.