13/Dec/2024
As principais autoridades da China reunidas em um importante encontro anual reforçaram nesta quinta-feira (12/12) a intenção de apoiar a segunda maior economia do planeta e indicaram planos de aumentar o déficit fiscal em 2025. Durante a Conferência Central de Trabalho Econômico, a cúpula do governo chinês enfatizou a necessidade de adotar políticas macroeconômicas proativas e reiterou que o foco no ano que vem será em impulsionar o consumo doméstico. Os líderes também destacaram intenção de estabilizar os mercados imobiliário e acionário, em linha com a sinalização do Politburo, principal órgão político do país asiático. As autoridades ainda falaram em cortar o compulsório bancário (RRR) e taxas de juros, embora não tenham especificado datas. As principais autoridades da China admitiram que o país enfrenta "desafios e dificuldades", mas reiteram a intenção de atuar para impulsionar a atividade no ano que vem.
Os líderes reconheceram o quadro de demanda doméstica insuficiente, problemas na produção em alguns setores e pressão sobre o emprego. Mesmo assim, asseguraram que as fundações econômicas são estáveis e que o país está perto de atingir as metas para o ano. Na reunião, foram reiterados os pontos principais que já haviam sido sinalizados pelo Politburo. Entre eles, os governantes citaram intenção de "impulsionar vigorosamente" o consumo, expandir a demanda doméstica, estabilizar o mercado imobiliário e ampliar a abertura ao mercado externo. Disseram ainda que vão apoiar o mercado de trabalho. As autoridades prometerem manter a produção estável de grãos e de outros produtos agrícolas. Os efeitos adversos do cenário externo se aprofundaram, mas a economia segue "estável e firme". Além disso, o Ministério do Comércio da China afirmou que está disposto a manter contato e comunicação com as equipes econômicas e de comércio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Contudo, reiterou que o país se opõe às tarifas propostas.
A China tem mantido comunicação próxima com o Departamento do Comércio dos Estados Unidos na gestão do presidente Joe Biden e pretende manter este mecanismo aberto com o próximo governo. A China está disposta a fortalecer o diálogo e a coordenação com os Estados Unidos, gerenciando as diferenças e promovendo um desenvolvimento das relações bilaterais estável e de longo prazo, em coexistência pacífica e benéfica para ambos os lados. Sobre as tarifas e restrições a produtos chineses, o Ministério do Comércio da China ressaltou "oposição consistente" contra decisões unilaterais. A China se opõe firmemente a generalização do conceito de segurança nacional, a violação dos princípios da competição de mercado e a interferência na cooperação econômica entre empresas chinesas e norte-americanas. O governo chinês tomará as medidas necessárias para proteger seus interesses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.