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10/Dec/2024

Proporção de domicílios sem renda do trabalho recua

De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nas informações coletadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em meio ao aquecimento do emprego, que tem levado a sucessivos recordes de população ocupada, aumentou a inclusão de famílias brasileiras no mercado de trabalho. Porém, o País ainda tinha 22,8% dos domicílios sem receberem qualquer rendimento do mercado de trabalho no terceiro trimestre deste ano. Houve melhora em relação ao segundo trimestre de 2024, quando 23,3% dos lares não possuíam renda do trabalho. O resultado marcou o segundo trimestre consecutivo de redução na proporção de domicílios sem renda de trabalho, aproximando-se assim do patamar pré-pandemia de Covid-19: no primeiro trimestre de 2020, 22,7% das famílias sobreviviam sem renda proveniente do trabalho.

Na passagem do segundo trimestre de 2024 para o terceiro trimestre de 2024, houve redução ainda na proporção de famílias com renda muito baixa, de uma parcela 26,6% para uma fatia de 26,3% de lares nessa condição. O grupo considerado de renda baixa manteve-se em 11,9%. Por outro lado, aumentou a proporção de famílias nas faixas de rendas média e alta. A proporção de lares no grupo considerado de renda média baixa subiu de 16,3% no segundo trimestre para 16,4% no terceiro trimestre. Na faixa de renda média, a fatia aumentou de 14,1% para 14,5%. Na renda média alta, de 5,6% para 5,8%. Na renda alta, de 2,3% para 2,4%. Como resultado, o índice de Gini (indicador que mede a desigualdade de renda, numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração de renda), da renda domiciliar do trabalho desceu de 0,520 no segundo trimestre de 2024 para 0,517 no terceiro trimestre. O índice de Gini da renda individual do trabalho desceu de 0,492 no segundo trimestre para 0,490 no terceiro trimestre de 2024.

Os dados dos rendimentos do trabalho do terceiro trimestre de 2024 apresentaram uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, encerrando os contínuos aumentos da renda iniciados no segundo semestre de 2023. O crescimento interanual da renda habitual média foi de 3,7%. Entretanto, estimativas mensais mostram novo crescimento do rendimento habitual médio real nos últimos três meses, tendo o valor médio alcançado R$ 3.279,00 em outubro de 2024, valor 1,8% maior que o observado em julho. O aumento contínuo na população ocupada tem levado a uma expansão na massa de salários em circulação na economia em ritmo mais acelerado que a renda média. No terceiro trimestre de 2024, a massa salarial alcançou uma média mensal de R$ 328,8 bilhões, isto é, 7,2% maior ou R$ 22 bilhões a mais que no mesmo trimestre de 2023 e 0,7% maior que no trimestre anterior (R$ 2,5 bilhões). No trimestre móvel terminado em julho, a massa salarial média habitual foi de R$ 332,6 bilhões, ou 7,7% maior na comparação interanual. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.