10/Dec/2024
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) avaliou positivamente o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia. O acordo trará benefícios para o setor agropecuário brasileiro. Porém, ainda existem desafios para a ratificação do acordo. A assinatura do tratado representa um reconhecimento da qualidade da produção agropecuária brasileiras. Cotas importantes foram negociadas para diversos produtos, especialmente a carne, que terá uma entrada significativa no mercado europeu. Um dos pontos mais relevantes é a desoneração de tarifas para mais de 90% dos produtos negociados. Haverá isenção de tarifas entre a União Europeia e o Mercosul em muitos produtos, incluindo frutas, por exemplo, que são uma referência para o Brasil. No entanto, o protecionismo europeu pode prejudicar a implementação do acordo. Foi possível incluir um mecanismo de reequilíbrio de concessões para evitar que medidas unilaterais do protecionismo europeu possam impedir o avanço do tratado.
Esse é um ponto muito importante. A ratificação do tratado pelos parlamentos dos países envolvidos é outro desafio. Já há manifestações contrárias da França, Polônia e Itália, o que surpreendeu. Esses países enfrentam protestos de produtores rurais que temem a competitividade dos produtos brasileiros, que chegam mais baratos ao mercado europeu. A FPA também reforçou a importância de garantir a aprovação do tratado pelos parlamentos. Este é um bloco comercial de grande relevância, e o tratado abriria uma oportunidade extremamente positiva para o Brasil. O setor produtivo brasileiro considerou uma "vitória" a inclusão do mecanismo de reequilíbrio de concessões no escopo do acordo entre Mercosul e União Europeia. A cláusula prevê que, em caso de medidas unilaterais, as concessões do acordo podem ser revistas. Entidades do agronegócio brasileiro pediam a inclusão do mecanismo como resposta à lei antidesmatamento europeia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.