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10/Dec/2024

Mercosul-UE favorecerá o agronegócio brasileiro

O acordo entre Mercosul e União Europeia deve impulsionar o comércio e investimentos entre as regiões, embora não tenha efeito imediato, já que precisa ser validado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia. De qualquer forma, a proposta sai da inércia após duas décadas e tem potencial positivo para a economia brasileira e consequentemente para os ativos financeiros, especialmente os relacionados ao agronegócio. Segundo a RB Investimentos, no mercado de capitais, o maior impacto deve ser sentido "via dívidas". Isto porque a maior parte das empresas a serem beneficiadas pelo acordo estão fora da Bolsa, mas ainda devem levantar recursos via mercado para impulsionar os resultados, em um cenário de aumento de demanda em função do acordo.

Empresas no Brasil ou na América do Sul como um todo, terão acesso a esse mercado europeu, que é muito grande. De acordo com os especialistas consultados pelo E-Investidor, o agronegócio brasileiro deve sair ainda mais fortalecido quando o acordo for implementado. Empresas exportadoras de commodities agrícolas, como frigoríficos e produtores de milho, arroz, açúcar e etanol, devem passar a ter acesso ao robusto mercado consumidor europeu. Por isso houve uma resistência grande a esse acordo entre os produtores na União Europeia. Eles sabem que são menos competitivos que os produtores brasileiros.

Sabem que, mesmo tendo de atravessar o oceano, os produtos brasileiros vão chegar mais baratos e possivelmente acabar jogando os preços dos produtos locais para baixo. Para a CM Capital, o agronegócio deve colher os maiores benefícios. Por outro lado, há outras regiões como Ásia e Oriente Médio, que ainda devem ser mais representativas para as exportações brasileiras do que a Europa, mesmo com o acordo. O que torna os impactos do acordo, em termos relativos, menores. Se o forte agronegócio brasileiro tende a se beneficiar com a possível abertura comercial, a indústria de transformação acende um sinal amarelo. Para a Remessa Online, é preciso ter cautela para que o novo acordo não represente um problema grave para o setor industrial brasileiro.

Da mesma forma que o francês médio dentro do setor agropecuário não consegue competir com o agropecuário brasileiro, diversos setores da indústria de transformação brasileira não têm capacidade de competir com a indústria de transformação da União Europeia. Para CM Capital, contudo, os impactos do acordo entre Mercosul e União Europeia devem ser menores na indústria, uma vez que o brasileiro já consome itens industriais europeus. A demanda interna, que já recai sobre a oferta internacional, pode ser realocada para a Europa em detrimento de outras regiões que ascenderam como grandes fornecedores nos últimos anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.