09/Dec/2024

O Insper afirmou que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) deve aumentar a pressão de uma visão ambiental sobre o Brasil. A diplomacia brasileira vai tentar captar esse acordo como uma grande vitória. O governo brasileiro está tentando se projetar como ator internacional, e será importante observar como esse acordo entre Mercosul e União Europeia vai impactar na agenda ambiental brasileira. Declarações da presidente da União Europeia, Ursula Von der Leyen, mencionam Amazônia.

Então, é provável que há interesse de exercer uma pressão maior, principalmente sob o Brasil, de uma visão ambiental. O acordo, assim, cria uma camada de desafio, que pode ser uma oportunidade, pensando que daqui um ano haverá a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será sediada na cidade de Belém, no Pará. Após a assinatura do acordo, haverá uma discussão em três níveis sobre como será a implementação. O primeiro é a discussão interna de cada país, para se ajustar e entender como o acordo o afeta positivamente e negativamente.

Depois, haverá uma discussão intrabloco da União Europeia e outra do Mercosul de como cada irão se adequar. E a terceira dimensão será entre os dois blocos. Para o Mercosul especificamente, a tendência é de que os setores de produtos eletrônicos e farmacêuticos devem ser negativamente afetados no médio e longo prazo, tendo força menor em comparação com a cadeia da União Europeia neste quesito. Contudo, os setores de agronegócio e o de autopeças podem vir a ser beneficiados, em termos competitivos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.