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09/Dec/2024

Inflação dá sinais de desaceleração em novembro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,18% em novembro, após elevação de 1,54% em outubro. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma alta de 5,94% no ano. Em 12 meses, houve avanço acumulado de 6,62%. Foi informado, ainda, os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 1,66% em novembro, ante uma alta de 2,01% em outubro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, caiu 0,13% em novembro, após aumento de 0,3% em setembro. O INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,40% em novembro, depois da alta de 0,68% em outubro. Os preços das matérias-primas brutas subiram 3,38% em novembro.

Esta foi uma alta inferior à registrada no mês de outubro, quando a taxa foi de 5,09%. Contribuíram para este movimento o minério de ferro (11,33% para 0,99%), a laranja (18,69% para -1,58%) e produtos bovinos (14,31% para 10,53%). Em sentido oposto, vale citar café em grão (0,78% para 13,25%), suínos (2,27% para 8,16%) e cacau (-2,47% para 5,90%). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve alta de 1,66% em novembro, ante 2,01% em outubro. Desagregando, a taxa do grupo Bens Finais saiu de 1,47% em outubro para 1,33% em novembro, informou a FGV. A principal contribuição partiu do subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 4,70% em outubro para 3,80% em novembro. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,64% em novembro, alta inferior à de 1,96% em outubro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de uma queda de 0,18% em outubro para alta de 0,40% em novembro. O principal responsável pelo avanço da taxa dos intermediários foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de queda 2,15% em outubro para um recuo menor, de 0,51%, em novembro. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,55% em novembro, ante 0,17%, no mês anterior. O IPA Agrícola registrou alta de 3,50% em novembro, ante alta de 3,46% em outubro. E o mesmo indicador relativo a produtos industriais teve alta de 0,94% em novembro, uma desaceleração ante outubro, quando subiu 1,46%.

A desaceleração do IGP-DI está ligada principalmente à redução no preço da tarifa de energia ao consumidor final e uma alta mais leve nos preços das commodities agrícolas. O IPA registrou alta menos intensa em relação a outubro, sendo influenciado pela desaceleração das commodities agrícolas. Pelo lado do consumidor, a queda observada foi impactada pela tarifa de eletricidade residencial, que teve a adoção da bandeira tarifária amarela. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,13% em novembro, após a alta de 0,3% em outubro.

Três de oito classes de despesa que compõem esse índice desaceleraram ou caíram de fato: habitação, que saiu da alta de 1,09% em outubro para queda de 1,99% em novembro; Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,11%) e Comunicação (0,13% para 0,06%). As principais contribuições para este movimento partiram justamente da queda na tarifa de eletricidade residencial, cuja variação de preços saiu da alta de 4,41% em outubro para uma queda de 8,76% em novembro; artigos de higiene e cuidado pessoal (0,04% para -0,61%); e mensalidade de TV por assinatura, cujos preços se mantiveram estáveis em novembro após alta de 0,41% em outubro.

No índice de custo da construção, o recuo foi impactado pela desaceleração da mão de obra (desaceleração do Índice Nacional de Custo da Construção - INCC, que subiu apenas 0,40% em novembro, menos do que a alta 0,68% verificada no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC tiveram comportamentos variados na passagem de outubro para novembro: materiais e Equipamentos passaram de alta de 0,73% no mês anterior para 0,39% em novembro, serviços inverteu a alta de 0,56% para uma queda de 0,27%, e Mão de Obra desacelerou de 0,63% para 0,50%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.