06/Dec/2024
O dólar emplacou nesta quinta-feira (05/12) a terceira sessão consecutiva de baixa ante o Real, ainda que contida, após aprovação pela Câmara, na véspera, do regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo. O recuo generalizado da divisa dos Estados Unidos no exterior era outro fator que pesava sobre as cotações no Brasil. O dólar fechou em baixa de 0,63%, cotado a R$ 6,00, após ter atingido na segunda-feira (02/12) o maior valor nominal de encerramento da história, de R$ 6,06. No ano, o dólar acumula elevação de 23,85%.
A moeda norte-americana oscilou em queda ante o Real durante toda sessão, com investidores reagindo positivamente à notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para duas propostas que integram o pacote de contenção de gastos do governo, o que elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação. No exterior, o viés para a divisa dos Estados Unidos também era negativo, após a divulgação de novos dados sobre o mercado de trabalho. O Departamento de Comércio informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9.000 nos Estados Unidos, para 224.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 30 de novembro.
Neste cenário, após atingir a cotação máxima de R$ 6,03 (-0,14%), o dólar marcou a mínima de R$ 5,96 (-1,43%). Segundo a B&T Câmbio, o mercado brasileiro segue em compasso de espera, com a política fiscal se mantendo como o principal foco de preocupação. O dólar voltou a operar abaixo dos R$ 6,00, com um otimismo limitado após a aprovação de requerimentos de urgência na Câmara. Apesar do avanço nos projetos, o calendário apertado e a complexidade política ainda levantam dúvidas sobre o cumprimento das metas fiscais do governo até o fim do ano.
As dúvidas persistentes em torno da questão fiscal acabaram por reconduzir o dólar para acima dos R$ 6,00, visto atualmente como um nível de referência técnica para as negociações. No exterior, o dólar seguia em queda ante quase todas as demais divisas negociadas globalmente; o won da Coreia do Sul era a exceção. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,56%, a 105,740. O Banco Central vendeu todos os 15.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.