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05/Dec/2024

Número de jovens que não estudam/trabalham cai

De acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (04/12), em 2023, o País tinha 10,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados no mercado de trabalho, também conhecidos como ‘nem-nem’. O montante representa o menor contingente registrado pela série histórica iniciada em 2012. O resultado significa 21,2% da população dessa faixa etária sem estudar nem trabalhar, também a menor taxa histórica. A pesquisa considera como estudo somente a frequência à escola, sem incluir a frequência a cursos pré-vestibular, técnico de nível médio, normal (magistério) e qualificação profissional. Logo, a análise se restringe aos jovens que não estudavam e não estavam ocupados, ao invés do grupo ampliado que inclui também os que não se qualificavam.

Em relação ao ano anterior, houve redução no número de jovens nem-nem em todos os grupos de gênero e raça. O total de jovens que não estudam e não estão ocupados recuou 4,9% em 2023 ante 2022: a queda foi de 11,9% entre mulheres brancas; redução de 9,3% entre homens pretos ou pardos; e diminuição de apenas 1,6% entre as mulheres pretas ou pardas. Como consequência, as jovens negras passaram a representar um ápice histórico de 45,2% dos jovens na condição de nem-nem. Em 2023, entre as mulheres jovens que não estudavam e não estavam ocupadas, 76,5% estavam fora da força de trabalho, enquanto entre os homens eram 61,7%, uma diferença de 14,8%, demonstrando a maior dificuldade que elas possuem para ir em busca de uma colocação no mercado de trabalho, em decorrência, principalmente, de afazeres domésticos e cuidados com parentes. Quanto menor a faixa de rendimento, maior a proporção de jovens sem estudo nem trabalho.

Quase metade, 49,3%, dos jovens dos domicílios no grupo de 10% mais pobres não estudavam nem estavam ocupados em 2023. O trabalho mantém-se como a principal fonte de rendimento dos domicílios, uma participação de 74,2% para o total da população. Entre os mais pobres, porém, aumentou o peso das transferências de renda. Em 2023, o peso dos benefícios sociais chegou a 57,1% da renda domiciliar total dos lares com renda per capita de até um quarto de salário-mínimo, ante uma fatia de 34,6% proveniente do mercado de trabalho. Entre as crianças com 0 a 14 anos, duas em cada cinco (42,7%) viviam em domicílios com benefícios de programas sociais. Essa proporção se reduz à medida que aumenta a faixa etária, chegando a 14,7% entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.