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04/Dec/2024

PIB do 3º trimestre/2024 em nível recorde no Brasil

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (03/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 4,0% no terceiro trimestre de 2024. O IBGE revisou o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2024 ante o quarto trimestre de 2023, que passou de alta de 1% para alta de 1,1%. O avanço de 0,9% no PIB no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024 fez a atividade econômica subir a nível recorde dentro da série histórica iniciada em 1996 pelo IBGE. Pelo lado da demanda, o desempenho é impulsionado pelo consumo das famílias, que também alcançou novo ápice no terceiro trimestre de 2024. O consumo do governo também operava no maior nível da série.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos do PIB) está 10,8% abaixo do pico alcançado no segundo trimestre de 2013. Sob a ótica da oferta, o PIB de serviços subiu a novo ápice no terceiro trimestre deste ano. O PIB da Indústria está 4,7% abaixo do pico alcançado no terceiro trimestre de 2013, prejudicado pela indústria de transformação, que opera em nível 14,7% aquém do pico alcançado no terceiro trimestre de 2008. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,6% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB da indústria mostrou alta de 3,6%. O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB da agropecuária mostrou queda de 0,8%. A queda no PIB da Agropecuária foi puxada sobretudo pelas perdas esperadas nas safras de cana-de-açúcar, milho e laranja, embora estejam previstos aumentos em culturas importantes como café, trigo e algodão. A agropecuária está caindo esse ano inteiro, o que já era esperado. Mesmo tirando o Rio Grande do Sul, as questões climáticas da seca é que influenciaram mais a agropecuária. O resultado do terceiro trimestre tem forte impacto, sobretudo, da safra de laranja e de milho. Com a estiagem houve perda de produtividade. Por outro lado, as estimativas da Pecuária e da Produção Florestal apontam para uma contribuição positiva.

O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB de serviços mostrou alta de 4,1%. As atividades financeiras cresceram 1,5% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024, já as atividades imobiliárias subiram 1%. As indústrias extrativas recuaram 0,3% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024, e o segmento de informação e comunicação subiu 2,1%. As outras atividades de serviços tiveram expansão de 1,7% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024, e transporte e armazenagem subiram 0,6%. O consumo das famílias subiu 1,5% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o consumo das famílias mostrou alta de 5,5%. O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o consumo do governo mostrou alta de 1,3%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 2,1% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, a FBCF mostrou alta de 10,8%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) do terceiro trimestre de 2024 ficou em 17,6%. A taxa de poupança nesse mesmo período ficou em 14,9%. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2024, 17,6%, é a maior para esse período do ano desde 2022, quando chegou a 18,3%. O investimento foi o principal destaque do PIB do terceiro trimestre pela ótica da demanda.

A taxa de poupança para o terceiro trimestre do ano, de 14,9%, é a menor para o período desde 2019, quando ficou em 13,2%. As exportações diminuíram 0,6% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, as exportações mostraram alta de 2,1%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, subiram 1% no terceiro trimestre de 2024 ante o segundo trimestre de 2024. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, as importações mostraram alta de 17,7%. A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações percentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

Para o C6 Bank, o Produto Interno Bruto (PIB) emendou mais um trimestre de crescimento forte, reforçando que a atividade doméstica está aquecida para além de sua capacidade. Embora positivo, para manter esse ritmo de crescimento de maneira sustentável é necessário que o País tenha ganhos de produtividade. Esse cenário leva a um aquecimento da economia para além da capacidade (hiato positivo) e torna o controle de preços mais desafiador. De forma geral, o dado do terceiro trimestre mostrou uma atividade econômica mais resiliente, comportamento que reflete, em parte, o aquecimento do mercado de trabalho. O banco Inter avalia que o destaque positivo do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre foi a expansão das atividades do setor de serviços, entre elas a de TI, que contribuiu para o destaque pelo lado da demanda, com o maior crescimento do investimento.

Outro destaque foi a alta de 2,6% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), puxada pela importação e produção de bens de capital. Além disso, a demanda das famílias seguiu robusta, com crescimento de 1,5% no trimestre, de acordo com a melhora do mercado de trabalho e do crescimento da renda. O crescimento acelerado da economia já está no radar do Banco Central e não deve alterar a trajetória de nova alta da Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo a agência de classificação de risco Austin Rating, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou o 10º maior crescimento no terceiro trimestre do ano ante o segundo, dentro de um ranking com 51 países.

A alta de 0,9% na atividade econômica do Brasil na margem ficou atrás dos desempenhos de Nigéria (2,4%); Filipinas (1,7%); Malásia (1,5%); Dinamarca (1,3%); Tailândia (1,2%); Lituânia (1,2%); Taiwan (1,1%); México (1,1%) e Chipre (1%). Entre os países compilados, a China também experimentou uma alta do PIB de 0,9% no mesmo período, enquanto os Estados Unidos viram crescimento de 0,7%. A Alemanha avançou apenas 0,1% na mesma base de comparação, enquanto o Reino Unido, 0,2%. Os piores resultados ficaram por conta de Hungria (-0,7%); Hong Kong (-1,1%); Islândia (-1,1%) e Noruega (-1,8%). Na média dos países ranqueados, o PIB cresceu 0,5% no terceiro trimestre na comparação com o anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.