03/Dec/2024
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,5 ponto em novembro ante outubro, para 97,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, a confiança empresarial encolheu 0,3 ponto em novembro. O resultado reflete a piora nas expectativas, apesar de uma melhora na avaliação sobre o momento presente. As sondagens empresariais retratam uma economia com nível de atividade ainda forte, mas acompanhada por uma piora das expectativas para os próximos meses, influenciada pela tendência de alta dos juros internos e aumento da incerteza fiscal. Vale destacar que os dados desta edição foram coletados antes do anúncio do pacote fiscal do governo, em 27/11/2024. Um ponto de preocupação para o primeiro semestre de 2025 é a terceira queda consecutiva no indicador de otimismo das empresas em relação aos negócios nos próximos seis meses.
Apesar disso, outro termômetro de confiança no futuro, o indicador de ímpeto de contratações, permanece resiliente. O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) aumentou 0,1 ponto em novembro ante outubro, para 98,7 pontos, maior nível desde setembro de 2022. O Índice de Expectativas (IE-E) teve queda de 1,0 ponto, para 96,2 pontos. Entre as expectativas, o destaque foi o item que mede as perspectivas para a evolução dos negócios nos próximos seis meses, com redução de 1,8 ponto, para 97,4 pontos.
O item que mede as expectativas para a demanda teve ligeiro recuo de 0,1 ponto, para 95,1 pontos. Quanto ao momento presente, o item que mede a percepção sobre a demanda corrente diminuiu 0,1 ponto, para 99,1 pontos. O componente que avalia a situação atual dos negócios cresceu 0,3 ponto, para 98,2 pontos. Na passagem de outubro para novembro, a confiança dos serviços encolheu 0,3 ponto, para 94,9 pontos; a do comércio cresceu 3,7 pontos, para 92,7 pontos; a da indústria diminuiu 1,3 ponto, para 98,6 pontos; e a da construção caiu 1,5 ponto, para 95,7 pontos. Em novembro, a confiança avançou em 31% dos 49 segmentos integrantes do ICE. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.674 empresas dos quatro setores entre os dias 4 e 25 de novembro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.