02/Dec/2024
Segundo a FGV Agro, o fenômeno La Niña tem intensidade fraca e não deve ter impactos significativos na safra 2024/2025 no Brasil. O fenômeno está tão fraco que preocupa menos do que uma condição neutra. Apenas 25% das alterações climáticas atuais têm origem nos oceanos, enquanto 75% vêm de mudanças climáticas estruturais. As projeções indicam um cenário mais favorável para a atual safra em comparação com o ciclo anterior, quando a produção fechou em 294 milhões de toneladas, abaixo da expectativa inicial de 310 milhões de toneladas. Para o milho 2ª safra de 2025, o risco histórico de perdas é de 25%.
A Região Sul permanece como ponto de atenção. Os modelos climáticos indicam possibilidade de chuvas acima da média para dezembro, janeiro e fevereiro. No entanto, a vulnerabilidade histórica do Rio Grande do Sul, que em uma década registrou apenas três ou quatro safras consideradas boas, preocupa. A ampliação de sistemas integrados de produção pode mitigar perdas. Enquanto uma lavoura apenas com soja utiliza 42% do tempo útil da propriedade, sistemas que combinam soja e milho aproveitam até 80%. Esse modelo não só aumenta a eficiência, mas reduz perdas em condições adversas, de 25% para 15%.
Também foi destacada a necessidade de expandir o programa ABC, que atualmente financia apenas 1 milhão de hectares. Na Região Centro-Oeste, as alterações climáticas previstas são pequenas e não devem interferir na produção. Em Diamantino (MT), por exemplo, dados apontam o aumento de dias secos, que passaram de 184 para 231. Assim, destaca-se a importância de estratégias de adaptação para regiões com risco crescente de seca. Para a região amazônica, prevê-se menos chuvas, com impacto no nível dos rios. Apesar dos desafios, há otimismo. Parece um ano bem melhor que os anos anteriores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.