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02/Dec/2024

Produção integrada para mitigar mudanças climáticas

Segundo a FGV Agro, a adoção de sistemas de produção integrados é essencial para mitigar os impactos das mudanças climáticas na agricultura brasileira. Práticas tradicionais, como a lavoura solteira, já não são sustentáveis diante das condições climáticas cada vez mais desafiadoras. Não é mais possível depender de sistemas isolados. A agricultura precisa avançar para modelos integrados, que promovem maior eficiência no uso da terra e maior resiliência às mudanças climáticas. Sistemas como a integração entre lavoura e pecuária ou o uso combinado de culturas podem reduzir perdas e garantir maior estabilidade produtiva, mesmo em condições climáticas adversas.

Há necessidade de democratizar o acesso ao crédito rural, especialmente para pequenos produtores. O modelo atual, que exige a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para obtenção de recursos, foi criticado. Há localidades na Região Centro-Oeste onde apenas uma pequena parcela dos agricultores consegue acessar o crédito. Isso é um obstáculo para modernizar a agricultura e torná-la mais competitiva. Os avanços do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no fornecimento de informações climáticas mais acessíveis são muito positivos. Há 45 anos, acessar esses dados era muito difícil. Agora, com o sistema que eles criaram, é possível obter as informações de forma simples e rápida, o que facilita muito o planejamento agrícola.

Ressalta-se a importância de dados meteorológicos confiáveis para decisões no setor. Apesar dos avanços em dados públicos, foi enfatizada a necessidade de parcerias com o setor privado para fortalecer o planejamento agrícola. Hoje, não dá para trabalhar apenas com informações oficiais. A contribuição do setor privado é fundamental para robustecer as previsões e adaptar a produção às novas realidades climáticas. Por fim, foi destacada a velocidade com que a agricultura brasileira pode se adaptar. O Brasil tem uma capacidade única de responder rapidamente às mudanças. O que precisa agora é impulsionar essas transformações em escala nacional para tornar o setor mais sustentável e preparado para os desafios que virão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.