02/Dec/2024
Segundo as Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas na sexta-feira (29/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer subiu para 76,4 anos no Brasil em 2023. O resultado representa um aumento de 11,3 meses em relação à esperança de vida média de quem nasceu em 2022. Com o avanço, a esperança de vida superou o patamar de 2019, no pré-pandemia, quando era de 76,2 anos. A elevação do número de mortes no Brasil e no mundo com a pandemia de Covid-19 reduziu a esperança de vida ao nascer em 2020 e 2021, chegando ao patamar de 72,8 anos nesse último ano (sendo 69,3 anos para homens e 76,4 anos para as mulheres). A recuperação desse indicador a partir de 2022 reflete a redução do excesso de mortes causado pela pandemia, para ambos os sexos. A expectativa de vida dos homens aumentou de 72,1 anos em 2022 para 73,1 anos em 2023, um aumento de 12,4 meses, enquanto a das mulheres passou de 78,8 anos para 79,7 anos, cerca de 10,5 meses a mais.
A taxa de mortalidade infantil, que se refere a bebês com menos de um ano de vida, foi de 12,5 óbitos por mil nascimentos em 2023: 13,5 para meninos e 11,4 para meninas. A mortalidade na infância, que se refere a crianças menores de cinco anos de idade, manteve-se estável na passagem de 2022 para 2023, em 14,7 em cada mil. Os homens tinham mais chances de morrer do que as mulheres, principalmente na juventude. Em 2023, a sobremortalidade masculina (razão entre a taxa de mortalidade masculina e feminina) concentrava-se nos grupos de idade de 15 a 19 anos (homens com 3,4 mais chances de morrer que as mulheres), de 20 a 24 anos (4,1 mais chances de morrer) e de 25 a 29 anos (3,5 mais chances de morrer). No grupo de 20 a 24 anos, um homem de 20 anos tinha 4,1 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo de idade. Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina.
Além disso, vale destacar que a sobremortalidade masculina acentuou-se a partir dos anos de 1980, quando a população brasileira passou a ser majoritariamente urbana e as causas externas ou não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.) passaram a desempenhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino. Uma pessoa idosa que completasse 60 anos em 2023 teria uma expectativa de vida de 22,5 anos: 20,7 anos para os homens e 24,0 anos para as mulheres. A expectativa de vida ao atingir 80 anos foi de 8,9 anos em 2023, sendo de 9,4 anos para mulheres e 8,3 anos para homens. As informações sobre a expectativa de vida do brasileiro são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.