29/Nov/2024
Sede da próxima Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), o Pará tem acumulado o maior número de incêndios florestais no País. Na última semana, Santarém, uma das mais importantes cidades da Amazônia, registrou um dos piores índices de qualidade do ar do planeta após ser encoberta por fumaça decorrente das queimadas. Na quarta-feira (27/11), segundo o monitor “PurpleAir”, o município atingiu índice de qualidade do ar de 361 µg/m³ (microgramas de poluição por metro cúbico), mais de 70 vezes maior do que o limite de 5 µg/m³, colocado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como desejável. O Pará registrou 8.386 focos de incêndio de 1º a 26 de novembro, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Isso representa 43,8% de todos os incêndios florestais do Brasil. Neste ano, o Brasil enfrentou a pior estiagem das últimas sete décadas, desde que começaram as medições federais.
Diante da gravidade da situação no Estado, na semana passada o Ministério Público Federal (MPF) cobrou medidas dos governos estadual e federal. Na segunda (25/11), após a situação calamitosa verificada em Santarém, o MPF voltou a cobrar providências dos governos. O MPF afirmou que até o momento não recebeu resposta por parte do Estado e da União. No início do mês, após anunciar uma queda de 30,6% no desmatamento da Amazônia, a ministra Marina Silva foi questionada sobre a ocorrência de queimadas. Na ocasião, disse que o governo atuou com 3.096 brigadistas em todo o País para conter os incêndios florestais e articulou órgãos de fiscalização, como Ibama e ICMBio, a Polícia Federal para promover o combate. A prefeitura de Santarém afirmou que reforçou a fiscalização com agentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em parceria com o Corpo de Bombeiros, para combater focos de incêndio e identificar infratores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.