27/Nov/2024
À medida que a utilização de drones na agropecuária avança, cresce também o uso da tecnologia por órgãos públicos responsáveis por definir regras e fiscalizar o setor, como o Ministério da Agricultura. A ferramenta já é utilizada em operações de emergências sanitárias, vigilância de fronteiras e monitoramento. Só neste ano, o Ministério da Agricultura distribuiu 47 drones para suas equipes no País, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical). Dentro do plano estratégico da Pasta para a tecnologia, 102 servidores foram treinados para operar os equipamentos, garantindo ao menos um piloto capacitado em cada Estado. O objetivo é tornar mais eficientes operações como emergências sanitárias, vigilância de fronteiras e monitoramento de sementes e defensivos. Certamente há um ganho de eficiência enquanto se reduz o tempo de trabalho em campo e aumenta a chance de sucesso da fiscalização, afirma o Anffa Sindical.
A tecnologia também aumenta a segurança dos fiscais durante as operações. O Ministério da Agricultura investiu R$ 1,5 milhão nos kits. Eles incluem drones de asas rotativas com câmeras integradas, baterias de voo e estações de pilotagem, além de software de imagem. Integram o treinamento dos servidores temas como a legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), mas também aspectos práticos, como manutenção e pilotagem. O Ministério da Agricultura utiliza drones desde 2018, mas a nova frota expande significativamente a capacidade de monitoramento, especialmente em operações de inteligência, afirma a diretora. Em 2025, os cursos serão abertos ao público, o que ampliará o acesso à tecnologia. A utilização de drones no agronegócio criou uma demanda por pilotos capacitados. Segundo a Xmobots, que desenvolve, fabrica e comercializa drones, a procura por profissionais especializados aumentou 130% nos últimos cinco anos.
A profissão é apontada pelo Linkedin como uma das mais promissoras do ano. Os salários podem chegar a R$ 16 mil mensais. No Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), mais de 20 mil profissionais já fizeram o curso para capacitação na área. As pessoas que até pouco tempo procuravam cursos para lidar com máquinas agrícolas migraram para os cursos de drones, atraídos pelos salários melhores. Segundo a Agroatlas, franqueadora que comercializa drones, a demanda gerou interesse dos profissionais do agro para investimento em franquias da marca. A demanda crescente fez necessária uma rede de atendimento mais capilarizada que atenda a todas as regiões. A Agroatlas tem 40 unidades franqueadas e já atendeu 6,2 mil clientes no Brasil, distribuídos em 295 cidades. O investimento inicial para ter uma franquia fica entre R$ 300 mil e R$ 350 mil. O retorno é esperado dentro de 24 meses. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.