26/Nov/2024
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a inflação dos alimentos segue como uma preocupação central do governo federal. Ele destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está atento ao tema e tem articulado encontros com diversos setores para entender e combater as pressões inflacionárias. O presidente Lula tem essa preocupação e pediu para que Fávaro convidasse empresários do setor alimentício, a indústria de alimentos, os distribuidores, atacadistas, as associações de supermercados, para entender o cenário geral, além dos outros ministros: da Fazenda, Casa Civil. Todos estiveram presentes para debater o assunto.
Ainda dentro da temática inflação, Fávaro destacou que a safra brasileira segue positiva e que o País não deve enfrentar desabastecimento, apesar de problemas pontuais registrados em 2024, a exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul, que prejudicaram a produção de arroz. A safra está transcorrendo muito bem. O País aumentou a área plantada em 1,5 milhão de hectares neste ano, fruto do programa de recuperação de pastagem degradada que o governo instituiu, um crescimento sustentável, não sobre a floresta, nem sobre o cerrado. O País terá uma safra maior de arroz, feijão, soja e milho. Portanto, não há risco de desabastecimento.
Ele também explicou que o aumento do preço das carnes é reflexo de um ciclo natural do setor, com impacto momentâneo no mercado. As carnes vivem um ciclo a cada seis, sete anos, onde a reposição de bezerros fica muito barata e os pecuaristas começam a abater mais fêmeas. A consequência disso é que em determinado momento começa a faltar bezerro. O bezerro sobe, a reposição sobe e a carne sobe. Outro fator destacado pelo ministro foi a influência do câmbio na inflação de alimentos, impulsionada pela alta do dólar. A variação cambial gera uma inflação dos alimentos. Mas, esse é um cenário mundial. A instabilidade internacional fez com que o câmbio se valorizasse em quase todos os países.
Para mitigar o impacto, Fávaro mencionou a importância do ajuste fiscal promovido pelo Ministério da Fazenda. O ministro também ressaltou a relevância do agronegócio para a economia brasileira, especialmente no comércio exterior. O agro é a grande mola propulsora da economia brasileira, disse Fávaro, acrescentando que o agronegócio responde por quase metade do superávit comercial do País. Isso gera emprego, gera oportunidade e crescimento econômico. Ampliar os mercados para os produtos agropecuários brasileiros é parte da estratégia do governo, com resultados já perceptíveis. Por isso, essa estratégia de ampliar o portfólio de países para comprar produtos da agropecuária brasileira. O resultado está acontecendo na prática. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.