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26/Nov/2024

Inadimplência de agricultores estável no trimestre

Segundo levantamento da Serasa Experian divulgado nesta segunda-feira (25/11), a inadimplência entre produtores rurais pessoa física no Brasil alcançou 7,4% no segundo trimestre de 2024, representando alta de 0,3% em relação ao trimestre anterior. O estudo considerou dívidas vencidas há mais de 180 dias em setores diretamente ligados ao agronegócio. O maior índice foi registrado entre grandes proprietários rurais (9,8%), seguidos por arrendatários e grupos econômicos familiares, que marcaram 9,3%. Entre médios produtores, o percentual ficou em 6,9%, enquanto pequenos produtores apresentaram o menor índice de inadimplência, com 6,6%. A Região Sul se destacou com a menor taxa de inadimplência (4,8%), resultado influenciado pela suspensão de negativações no Rio Grande do Sul durante 60 dias, após enchentes que afetaram o Estado, segundo a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC).

Essa foi uma iniciativa necessária que pode ter influenciado o baixo percentual no Estado. Além disso, os produtores desta região têm um longo e positivo histórico de experiência e resiliência durante os momentos de crise, contando também com uma adesão significativa aos instrumentos de seguro rural. A Região Sudeste registrou 6,2% e a Região Centro-Oeste, 7,6%. O estudo apontou que a maior parte das dívidas foi contraída junto a instituições financeiras, que concentraram 6,5% da inadimplência no setor. Por outro lado, dívidas diretamente relacionadas ao setor agro e a atividades conexas, como agroindústrias e revendas de insumos, registraram índices mínimos de 0,1% e 0,2%, respectivamente. Outro dado relevante foi a correlação entre idade e inadimplência: produtores com maior experiência, especialmente na faixa etária entre 50 e 59 anos, registraram menor índice de inadimplência, de 7,2%.

Mesmo com as dificuldades para acesso a crédito, rolagem de dívida, patamar do preço das commodities, e outros desafios, como os acontecimentos climáticos que afetaram a estabilidade financeira no campo, os números de inadimplência no agro se mantiveram praticamente iguais e a maior parcela dos proprietários rurais do País estão conseguindo honrar seus compromissos financeiros e continuar mantendo um saldo positivo para o setor. O levantamento considerou dívidas superiores a R$ 1.000,00 vencidas entre 180 dias e 5 anos, abrangendo todos os segmentos ligados ao agronegócio, incluindo transporte, armazenamento, comércio atacadista e serviços de apoio. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.