25/Nov/2024
Segundo levantamento do FGV Agro, a produção agroindustrial brasileira apresentou alta de 1,6% em setembro, em relação a igual mês de 2023. O crescimento foi impulsionado exclusivamente pelo segmento de Produtos Não-Alimentícios, que registrou expansão de 4,5%, enquanto o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas teve retração de 0,7%, afetado pela queda na produção de alimentos de origem vegetal (-6%). No acumulado do ano até setembro, a agroindústria registrou crescimento de 2,6%, o melhor desempenho para o período desde 2013. O segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas avançou 2,8%, com destaque para alimentos de origem animal (+1,6%), sustentados pelo aumento na produção de carne bovina (+8,6%) e suínos e aves (+1,2%).
Por outro lado, o segmento de alimentos de origem vegetal segue pressionado, com quedas na produção de conservas, sucos, arroz e açúcar. Entre os Produtos Não-Alimentícios, o crescimento foi generalizado, liderado pelo setor de Fumo (+29,9%), que mostrou recuperação após as enchentes no Rio Grande do Sul, e pelo setor de Biocombustíveis (+10,5%), impulsionado pela maior competitividade do etanol hidratado em estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso, e Paraná. Outros setores como Produtos Têxteis (+4,1%) e Produtos Florestais (+1%) também apresentaram desempenho positivo. Para o último trimestre, a projeção de crescimento é de 3,1% na produção agroindustrial em relação a igual período de 2023, o que levaria o setor a encerrar o ano com alta de 2,7%.
A recuperação deve ser liderada pelos segmentos de Produtos Alimentícios e Bebidas (+2,9%) e Produtos Não-Alimentícios (+2,5%). No entanto, a volatilidade cambial representa um risco para as estimativas. O FGV Agro alerta que revisões futuras podem ajustar a projeção para cerca de 2,5%, ainda assim considerado um resultado positivo. O segmento de Produtos Não-Alimentícios deve continuar em trajetória de recuperação no último trimestre, enquanto o segmento de Produtos Alimentícios e Bebidas pode ser beneficiado por bases comparativas mais favoráveis e consumo interno aquecido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.