25/Nov/2024
A Petrobras pretende perfurar 15 poços na Margem Equatorial brasileira no horizonte do plano quinquenal da companhia, divulgado na quinta-feira (21/11). Nas bacias da Região Sudeste serão mais 25 poços, ou 40% do total. A área de exploração da companhia teve seu orçamento elevado para US$ 7,9 bilhões entre 2025-2029, para perfuração de 51 novos poços. De acordo com o Plano, 25 serão perfurados nas bacias do Sul e Sudeste; 15 na Margem Equatorial; e 11 em outras localidades. Para isso, vai investir US$ 3,2 bilhões na exploração das bacias de Campos, Santos, Pelotas e Espírito Santo; US$ 3 bilhões na Margem Equatorial; e US$ 1,7 bilhão em outros locais, como Colômbia, São Tomé e Príncipe, África do Sul, Argentina e Bolívia, sendo essas duas últimas em campos terrestres.
Duas descobertas na bacia Potiguar, na Margem Equatorial, estão em avaliação, e a empresa se diz pronta para perfurar ‘Amapá Águas Profundas’, como a empresa vem classificando a área da bacia da Foz do Amazonas, que ainda depende de licença ambiental para ser avaliada. A estatal busca recompor suas reservas, já que os grandes reservatórios do pré-sal começam a entrar em declínio a partir de 2030, o que deve estar mais detalhado no próximo Plano Estratégico da companhia (2026-2030). Na sexta-feira (22/11), o Ministério Público Federal (MPF) do Amapá recomendou que o Ibama solicite complementações de estudos à estatal e, posteriormente, emita decisão definitiva sobre o pedido de exploração de petróleo na foz do Amazonas (FZA-M-59), no Amapá, para a Petrobras.
Por outro lado, recomendou que a Petrobras cumpra as exigências da autarquia, destacando que já são conhecidas desde 2020 pela empresa, e que o processo vem se prolongando excessivamente. Nas recomendações, o MPF frisa que o descumprimento das exigências legais do Ibama, pela Petrobras, e o prolongamento não razoável do processo administrativo, pela autarquia, configurariam ameaça de lesão ao meio ambiente. Nesse caso, o órgão pode ajuizar ação civil pública para anular procedimento ilegal. O cenário pode ser afastado se acatadas as recomendações, o que demonstraria, da parte da Petrobras, obediência à lei e, do Ibama, comprometimento com a Administração Pública e com seu poder de polícia ambiental.
Estudo inédito da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apresentado na quinta-feira (21/110 no Ministério de Minas e Energia (MME), mostra que o volume total de óleo recuperável é da ordem de 10 bilhões de barris de óleo equivalente. No Brasil não se perfura um poço nessa bacia desde 2011. Apenas com a exploração da parte noroeste da bacia da Foz, as reservas brasileiras poderiam subir em 30%, informou a EPE. Ao todo, são 17,7 bilhões de boed in place, dos quais 5,1 bilhões de óleo recuperável, e 167 bilhões de metros cúbicos de gás recuperáveis, considerando uma taxa de gás associado de 17%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.