19/Nov/2024
Segundo o Ministério de Relações Exteriores (MRE), já existe a base de um acordo para que a declaração final do G20 faça menção a financiamento climático, conforme deseja a presidência brasileira do grupo. Ressalta-se que há países fazendo objeção à menção. No G20, a defesa brasileira é de que toda a economia e os investimentos devem incorporar a questão do clima de forma transversal, algo mais amplo que as discussões de momento em Baku. A força-tarefa do clima avançou nessa ideia. A importância do documento final do G20 mencionar o financiamento climático também reside no fato de a metade do grupo ser formada pelos países mais ricos do mundo e a outra incluir os maiores emergentes, uma correlação que repercute diretamente na COP, onde esses países são atores essenciais.
Na COP 29, que acontece em Baku (Azerbaijão), o ponto mais sensível segue sendo a fonte de financiamento do enfrentamento às mudanças climáticas em países de baixa renda, que alguns países desenvolvidos querem passar a compartilhar com emergentes. Os países desenvolvidos tinham de ter providenciado US$ 100 bilhões por ano entre 2020 e 2025 para este fundo, conforme se comprometeram. Não o fizeram. Dizem que, em 2023, até chegou a US$ 100 bilhões, mas a verdade é que em 2020, 2021 e 2022 isso não aconteceu. Então, esses países agora acham que devem dividir essa ‘culpa’ na próxima etapa com os países em desenvolvimento. Houve intensa investida de países europeus, dos Estados Unidos e do Japão, por exemplo, por essa revisão dos aportes globais em ações focadas nos países de baixa renda, mas isso não deve prosperar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.