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18/Nov/2024

Preços de commodities aceleram inflação no atacado

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os aumentos nos preços de commodities aceleraram a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de novembro. Lideraram o ranking de maiores pressões os bovinos (15,20%), minério de ferro (7,58%), soja em grão (4,02%), carne bovina (8,10%) e milho em grão (8,24%). O IGP-10 passou de uma alta de 1,34% em outubro para uma elevação de 1,45% em novembro. O índice acumulou uma elevação de 6,07% em 12 meses. Apesar da retomada das chuvas em importantes regiões produtoras de alimentos em novembro, o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) ainda sente os efeitos da seca, sendo os bovinos a principal influência positiva no índice. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de um aumento de 1,66% em outubro para uma alta de 1,88% em novembro. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais aceleraram de um aumento de 1,06% em outubro para alta de 1,14% em novembro, movimento impulsionado pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -3,05% para -0,22%.

No grupo de Bens Intermediários, a taxa arrefeceu de 0,21% em outubro para 0,01% em novembro, puxada pela queda nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, que passou de 0,94% para -0,01%. O grupo Matérias-Primas Brutas acelerou de 3,94% em outubro para 4,69% em novembro, tendo como principais contribuições os itens: minério de ferro (de 1,84% para 7,58%), bovinos (de 8,36% para 15,20%) e milho em grão (de 5,89% para 8,24%). Na direção oposta, os movimentos mais relevantes ocorreram na soja em grão (de 6,58% para 4,02%), leite in natura (de 4,65% para 0,23%) e café em grão (de 4,57% para 2,05%). Após os aumentos de outubro, os recuos nos preços da energia elétrica residencial (-0,17%) e da passagem aérea (-2,87%) ajudaram a desacelerar a inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 de novembro. Nos preços ao consumidor, refeições em bares e restaurantes registraram movimento de aceleração mais forte em relação ao período anterior, indicando uma dinâmica de maior pressão sobre os serviços.

Em relação ao mês anterior, cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas em novembro: Habitação (de 1,60% em outubro para 0,04% em novembro), Educação, Leitura e Recreação (de 0,57% para -0,27%), Despesas Diversas (de 1,76% para 0,21%), Comunicação (de 0,30% para 0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,26%). As principais contribuições partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de 6,35% para -0,17%), passagem aérea (de 4,24% para -2,87%), serviços bancários (de 1,99% para 0,10%), mensalidade para TV por assinatura (de 3,37% para 0,00%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,22% para 0,06%). Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Alimentação (de 0,08% para 0,74%), Transportes (de -0,23% para 0,17%) e Vestuário (de -0,03% para 0,26%). Houve influência dos itens: hortaliças e legumes (de -7,75% para -0,70%), gasolina (de -0,78% para 0,21%) e roupas (de -0,23% para 0,25%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.