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07/Nov/2024

Commodities agrícolas elevam inflação em outubro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,54% em outubro, após uma elevação de 1,03% em setembro. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma alta de 4,70% no ano. Em 12 meses, houve avanço acumulado de 5,91%. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 2,01% em outubro, ante uma alta de 1,20% em setembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,30% em outubro, após aumento de 0,63% em setembro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,68% em outubro, depois da alta de 0,58% em setembro. O período de coleta de preços para o índice de outubro foi do dia 1º ao dia 31 do mês. Os aumentos nos preços de commodities pressionaram a inflação no atacado medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de outubro.

Lideraram o ranking de pressões no mês o minério de ferro (11,33%), bovinos (14,31%), carne bovina (14,20%), soja em grão (3,46%) e milho em grão (7,57%). As commodities agrícolas continuam influenciando o movimento de alta do Índice de Preços ao Produtor, sendo que bovinos, soja e milho foram as maiores contribuições. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais acelerou de um avanço de 0,90% em setembro para uma alta de 1,47% em outubro, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos processados, cuja variação passou de 2,60% para 4,70%. A taxa do grupo Bens Intermediários arrefeceu de um aumento de 0,62% em setembro para uma queda de 0,18% em outubro, sob influência do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,23% para 0,21%.

O grupo das Matérias-Primas Brutas acelerou de uma alta de 2,19% em setembro para aumento de 5,09% em outubro. Houve contribuição dos itens: minério de ferro (de -5,82% para 11,33%), bovinos (de 5,87% para 14,31%) e milho em grão (de 4,22% para 7,57%). Em sentido oposto, as variações foram mais brandas para a soja em grão (de 6,51% para 3,46%), leite in natura (de 5,37% para 1,55%) e café em grão (de 5,23% para 0,78%). O recuo de 6,33% na passagem aérea liderou o ranking de alívios sobre a inflação no varejo medida pelo IGP-DI em outubro. Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Educação, Leitura e Recreação (de 1,51% em setembro para -1,10% em outubro), Habitação (de 1,72% para 1,09%), Despesas Diversas (de 1,85% para 0,42%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,37% para 0,25%) e Comunicação (de 0,31% para 0,13%).

As principais contribuições partiram dos itens: passagem aérea (de 8,78% para -6,33%), tarifa de eletricidade residencial (de 7,04% para 4,41%), cigarros (de 8,30% para 0,39%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,35% para 0,04%) e mensalidade para TV por assinatura (de 3,38% para 0,41%). Na direção oposta, a taxa foi mais elevada nos grupos Transportes (de -0,32% para 0,10%), Alimentação (de 0,04% para 0,43%) e Vestuário (de -0,09% para 0,02%). Houve influência dos itens: gasolina (de -0,96% para 0,19%), hortaliças e legumes (de -9,56% para -3,04%) e roupas (de -0,23% para -0,06%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,35% em outubro, após um aumento de 0,39% em setembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 53,23% em setembro para 59,35% em outubro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.