06/Nov/2024

O Ministério da Agricultura encaminhou nesta terça-feira (05/11) um pedido ao governo federal, de liberação de recursos adicionais do Fundo Social para a linha de crédito emergencial de capital de giro voltada à agropecuária do Rio Grande do Sul. O pedido de recursos adicionais no Fundo Social para atender à demanda que está com as instituições financeiras foi encaminhado ao ministro Fernando Haddad, da Fazenda, e ao ministro Rui Costa, da Casa Civil. O governo vai trabalhar para as medidas necessárias ocorrerem de forma tempestiva, mas que já há uma morosidade do próprio sistema.

O governo fez um esforço para o Fundo Social chegar a R$ 20 bilhões, sendo aproximadamente R$ 3,7 bilhões deste valor destinados a capital de giro para produtores rurais e cooperativas do Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura está avaliando a demanda a partir das instituições financeiras e do BNDES, mas a demanda seria de no mínimo mais R$ 5 bilhões. Esse é um dos momentos mais difíceis da agropecuária do Rio Grande do Sul.

O governo avalia também a necessidade de um possível remanejamento de recursos adicionais para equalização de descontos a operações de crédito contratadas antes das enchentes, conforme autorizado pela Medida Provisória 1247/2024. O rebate teve um custo orçamentário de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão em 135 mil operações que foram aprovadas, alavancando recursos de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões. De acordo com dados do Banco Central compilados pelo Ministério da Agricultura, observa-se menor demanda dos produtores rurais do Estado por liberação de novos recursos de crédito rural via Plano Safra 2024/2025.

Parte dos produtores estão sem acesso a crédito, mas parte têm acesso. Os financiamentos de Pronaf e Pronamp contratados no Rio Grande do Sul de julho até 30 de outubro somaram R$ 23,2 bilhões em 153.537 operações ante R$ 28,2 bilhões de igual período da safra passada em 167.322 operações. Esse menor apetite do produtor rural deve-se à alta do índice de inadimplência, menor liquidez e adversidades climáticas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.