06/Nov/2024
Em meio a uma eleição muito dividida, representantes dos Estados Unidos evitam fazer apostas em quem sairá vitorioso na atual disputa pela presidência da maior potência econômica do mundo, mas veem poucas alterações nas relações com o Brasil independentemente de quem chegue primeiro no pleito. A análise é muito semelhante à do Itamaraty feita ao Broadcast no fim do mês passado. Os norte-americanos foram às urnas nesta terça-feira (05/110 para escolher entre a volta do republicano Donald Trump e a atual vice-presidente democrata, Kamala Harris, para a Casa Branca. Para uma fonte norte-americana, na realidade, a surpresa foi a continuidade vista nos últimos anos de parcerias entre os dois países adotadas durante a administração Trump (2017-2021), como a manutenção do Fórum de Energia EUA-Brasil (USBEF).
A cooperação visa a identificar pontos técnicos, regulatórios e políticos de interesse mútuo bem como barreiras críticas ao comércio bilateral de energia e investimentos. A avaliação dos dois lados é a de que, em termos econômicos, ambas as nações tendem a ser pragmáticas. A área comercial também permanecerá constante. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. De janeiro a setembro, as exportações domésticas para o país chegaram ao recorde de US$ 29,4 bilhões, um incremento de 10,3% sobre o mesmo período de 2023, enquanto as compras feitas nos Estados Unidos chegaram a US$ 30,7 bilhões (+6,2%). Os Estados Unidos também são o maior investidor direto no País.
De acordo com dados do Banco Central, os ingressos para o Brasil somaram US$ 4,939 bilhões de janeiro a setembro. No ano passado inteiro, totalizou US$ 9,990 bilhões. a expectativa é de que a conversa sobre cadeias de suprimentos aconteça independentemente de quem esteja no poder. Essas serão questões que permanecerão, e não importa quem esteja na administração. A expectativa, inclusive, é a de um aumento nas parcerias que tratam do meio ambiente. O presidente Joe Biden foi convidado pelo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva a visitar a Amazônia dias antes da realização da reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo (G20), marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Ainda sem confirmação oficial do deslocamento, o País já se prepara de forma ostensiva para a ida do mandatário norte-americano a Manaus (AM). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.