04/Nov/2024

No dia 29 de outubro, teve início a décima primeira edição do curso de preparação para o exercício da missão de assessoramento em assuntos agrícolas, direcionado aos candidatos a adidos nas representações diplomáticas brasileiras na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia. A capacitação, organizada em colaboração entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi realizada no Instituto Rio Branco (IRBr), academia de formação diplomática do MRE, e concluída na sexta-feira (1º/11).

Neste ano, 16 profissionais sêniores, com ampla experiência em temas agrícolas, foram finalistas para os postos de adido agrícola. As 6 candidatas e 10 candidatos passaram por um processo criterioso de seleção, que incluiu avaliação curricular, comprovação de proficiência em idioma estrangeiro, prova de títulos, prova discursiva em português e em idioma estrangeiro, além de entrevista. Durante os quatro dias do curso preparatório, os candidatos aprofundaram conhecimentos sobre a organização das representações diplomáticas brasileiras, cooperação internacional, comércio agrícola internacional, privilégios e imunidades, negociações e acordos comerciais, organismos internacionais e monitoramento de subsídios agrícolas, atração de investimentos, imagem do agronegócio, sustentabilidade e regulação, temas técnicos sanitários e fitossanitários, entre outros assuntos.

Os candidatos também receberam orientações de todas as Secretarias do Mapa, por meio de secretários e diretores, e se encontrão com os chefes das divisões políticas do MRE. Em julho, o Governo Federal assinou um decreto presidencial autorizando a ampliação do número de adidos junto a representações do Brasil no exterior de 29 para 40. É a maior expansão desde a criação da função, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, sendo implementada de uma única vez. A atuação dos adidos agrícolas é fundamental para o assessoramento em negociações comerciais agrícolas e para identificar oportunidades de avanço dos interesses do agronegócio brasileiro. O adido agrícola é o elo do Mapa nas representações diplomáticas e estabelecem contatos com as contrapartes governamentais locais. As novas adidâncias refletem o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil.

Com os novos postos, o Brasil potencializará ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente com as aberturas de novos mercados, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O Instituto Rio Branco (IRBr), criado em 1945 em comemoração ao centenário de nascimento do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, foi instituído com o propósito de formar e aperfeiçoar funcionários do Ministério das Relações Exteriores, além de constituir um núcleo de estudos sobre diplomacia e relações internacionais. Ao longo de quase 80 anos de existência, o IRBr se tornou uma referência internacional em formação diplomática. Além disso, é responsável pelo Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas e pelo Curso de Altos Estudos, indispensáveis para os diplomatas que buscam ascensão na carreira.

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas na França), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.