31/Oct/2024
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 0,66% em setembro. A taxa de agosto foi revista de uma elevação de 0,61% para alta de 0,66%. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 5,51% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi positiva em 6,06%. Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 5,85% em setembro, após a redução de 5,09% em agosto. A indústria de transformação registrou alta de 0,97% em setembro, ante um aumento de 0,96% em agosto. A alta de 0,66% no Índice de Preços ao Produtor (IPP) de setembro foi o oitavo avanço seguido no indicador.
O IPP vem de uma sequência de aumentos desde fevereiro deste ano: fevereiro (0,14%), março (0,35%), abril (0,67%), maio (0,36%), junho (1,26%), julho (1,53%), agosto (0,66%) e setembro (0,66%). A alta nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em setembro foi decorrente de elevações em 17 das 24 atividades pesquisadas. O aumento de 3,70% nos preços dos alimentos exerceu a principal pressão sobre a inflação da indústria no mês, uma contribuição e 0,90%. Foi o sexto mês seguido de altas nos alimentos, acumulando um avanço de 7,54% no ano. Essa dinâmica da indústria de alimentos pode ser explicada pela alta de preços da carne bovina e do açúcar VHP. No caso da carne, houve redução da área de pastagem devido à seca e às queimadas dos últimos meses, acarretando diminuição da oferta de insumos para cadeias produtivas, como a da carne bovina e a do leite.
O açúcar VHP, por sua vez, está inserido no contexto de um movimento sazonal. O principal período de colheita do produto está terminando. Além disso, a produção está enfrentando situações climáticas adversas que provocam uma menor oferta de cana-de-açúcar para processamento. A taxa do IPP em setembro não foi mais aguda por conta das quedas nos preços das indústrias extrativas (-5,85% e impacto de -0,27%), refino de petróleo e biocombustíveis (-1,27% e -0,13%) e papel de celulose (-2,99% e -0,10%). O desempenho das indústrias extrativas reflete de forma mais imediata a dinâmica da cotação do preço internacional do petróleo e do minério de ferro. Trata-se de um contexto no qual existe um equilíbrio confortável entre oferta e demanda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.