30/Oct/2024
Segundo o CDP, organização sem fins lucrativos que administra um sistema mundial de divulgação ambiental para empresas e entes públicos há 24 anos, o número de empresas interessadas em medir e relatar o uso que fazem da biodiversidade e o impacto que provocam nela é crescente globalmente, mas poucas sabem mensurar sua dependência da natureza. Em setembro, o CDP tornou-se parceiro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para acelerar a conformidade dos relatórios das empresas a normas internacionais do International Sustainability Standards Board (Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade, ISSB). Um levantamento do CDP mostrou que, de 2022 para cá, cresceu 43% o número de empresas que divulgam dados sobre biodiversidade. Além disso, houve um aumento de 23% das companhias que relatam sobre uso da água e de 10% sobre florestas. Apesar do crescimento, menos de 10% das empresas têm a real compreensão e conseguem mensurar a sua dependência da natureza.
Segundo estimativas, o custo da perda de biodiversidade representa de US$ 4 trilhões a US$ 20 trilhões por ano à economia global. Para a implementação e o sucesso do Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal (GBF), a divulgação é um fator fundamental e está relacionada à meta 15 do GBF. O GBF, apelidado de "Acordo de Paris" da natureza, foi definido em 2022, durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP15). Neste ano, a conferência bienal de duas semanas ocorre em Cali, na Colômbia, até 1º de novembro. O levantamento do CDP mostrou ainda aumentos de 20% no número de empresas avaliando o impacto das suas cadeias de valor sobre a biodiversidade e de 24% no número de empresas que avaliam o quanto dependem da água. Isso contribuiu para uma redução correspondente de 22% no uso corporativo de água, mostrando que a transparência pode gerar ações tangíveis de segurança hídrica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.