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30/Oct/2024

Brasil: população 60+ deverá continuar crescendo

Segundo o geriatra Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, revolução é um caminho sem volta e o Brasil está vivendo a revolução da longevidade. A população brasileira nunca mais vai ser a mesma. O País terá menos bebês, crianças, adolescentes e adultos jovens nas próximas décadas. O único segmento que vai continuar a crescer são os 60+. Agora, é preciso decidir se serão mais anos de velhice ou mais anos de vida. Se não der certo, o País afunda. Dar certo, no caso, significa primeiramente combater o idadismo (também conhecido como etarismo ou ageísmo), que pressupõe que um jovem tem mais valor do que um velho. Enfrentado o preconceito, há fatores de risco a serem evitados e pilares a serem cultivados com dedicação, uma tarefa que cabe tanto à sociedade como a cada indivíduo.

Os fatores de risco são aqueles que levam a enfermidades precoces, como o tabagismo, o consumo de álcool, uma dieta pouco saudável e o sedentarismo. Os pilares da longevidade saudável dizem respeito a questões como direito à saúde, participação ativa na sociedade, garantia de segurança e proteção e, por fim, acesso contínuo ao conhecimento. “A vida não é uma corrida de cem metros, que termina em segundos. A vida é uma maratona cada vez mais longa. E uma maratona precisa de perseverança, de determinação, de resiliência e, sobretudo, de aprendizado. O País só vai dar certo com educação da infância à velhice”, afirmou Kalache. A médica geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirmou que, hoje, falar de envelhecimento não é falar de promoção de saúde, é falar de doença. Isso precisa mudar. Os profissionais da saúde precisam avisar isso à população.

Muitas pessoas não fazem check-up e só buscam atendimento quando já estão doentes. Trata-se de uma mudança de mentalidade que envolve não apenas oferecer conhecimento e educação para quem já chegou aos 60 anos ou passou dessa idade, mas também pensar na formação para a velhice desde cedo. A educação para o envelhecimento precisa ser parte do currículo da educação infantil. É preciso começar cedo porque, neste País de dimensões tão grandes, há muito a fazer do ponto de vista político para que todos tenham condições mínimas de acesso ao que é fundamental para o envelhecimento saudável, afirmou a presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia/Nacional (SBGG), Naira Dutra Lemos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.