29/Oct/2024
Segundo o Tesouro Nacional, dez instituições financeiras, entre bancos públicos e privados, participaram do primeiro leilão do EcoInvest, o programa de hedge cambial que visa a atrair recursos para projetos sustentáveis de longo prazo. A operação foi concluída em 11 de outubro, levantando R$ 7 bilhões, montante que, somando o capital alavancado (R$ 38 bilhões), mobiliza R$ 45 bilhões a projetos sustentáveis. A operação de blended finance, que combina capital público e privado, foi um sucesso. O EcoInvest foi lançado em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Após o primeiro leilão ter demanda relevante, em parte por dar liberdade para as instituições financeiras escolherem projetos, as parcerias entre público e privado no crédito têm tudo para dar certo, a exemplo das parcerias em infraestrutura. A primeira operação testou o modelo e identificou a rede de parceiros privados com potencial de prover crédito à agenda do governo de transformação ecológica. Uma chamada deve ser publicada em breve para uma operação "temática" visando levantar recursos para a para a recuperação de 1 milhão de hectares em áreas degradadas para a produção sustentável. Novamente, a expectativa é com parceiros.
Em relação à agenda de atração de capital externo, uma linha de liquidez está sendo discutida e regulamentada. Em paralelo, o governo trabalha em instrumentos de hedge cambial para reduzir a incerteza sobre investimentos em projetos sustentáveis, assim como busca apoio a veículos financeiros que financiem a estruturação de projetos da agenda verde. Até fim do ano e o primeiro semestre de 2025, a regulamentação e novos leilões nessas temáticas vão evoluir. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.