29/Oct/2024
INFLAÇÃO
A projeção para o IPCA de 2024 subiu pela quarta semana seguida, de 4,50% para 4,55%, superando o teto da meta de inflação (4,50%). Um mês antes, a taxa estava em 4,37%. Se a estimativa se concretizar, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai terminar a sua gestão escrevendo a terceira carta aberta para explicar o descumprimento da meta. A projeção para a inflação de 2025 oscilou de 3,99% para 4,0%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%.
As estimativas para os horizontes mais longos permaneceram descoladas da meta, em 3,60% para 2026 e 3,50% para 2027. As previsões de inflação de curto prazo indicam que o IPCA deve acumular alta de 1,21% no quarto trimestre deste ano. A projeção de inflação de outubro subiu 0,02%, de 0,49% para 0,51%, contra 0,34% um mês antes.
A projeção para novembro se manteve em 0,20% pela terceira semana seguida. Como o anúncio da redução da bandeira de energia em novembro, de vermelha 2 para amarela, ocorreu na sexta-feira (25/10), é provável que os analistas não tenham tido tempo de atualizar no Focus as suas estimativas para a inflação do mês. A previsão para o IPCA de dezembro oscilou 0,02% para cima, de 0,48% para 0,50%. Um mês antes, era estava em 0,45%.
PIB
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 aumentou pela terceira semana seguida, de 3,05% para 3,08%. A estimativa para 2025 se mantém em 1,93%, estável há três semanas, apesar da expectativa de um ciclo maior de aumento de juros, que, tudo mais constante, deveria ter impacto na atividade. Um mês antes, a projeção era de 1,92%. As projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027 permanecem em 2,0%, como já estão há 64 e 66 semanas, respectivamente.
JUROS
A projeção para a taxa Selic no fim de 2024 se mantém em 11,75% pela quarta semana consecutiva, consolidando a avaliação do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentará os juros em 0,5% nas duas próximas decisões, de 6 de novembro e 11 de dezembro. A estimativa para os juros no fim de 2025 permanece em 11,25%, após duas semanas de alta, ainda indicando que a visão do mercado é de que o Banco Central terá pouco espaço para reduzir as taxas no ano que vem, em meio às pressões inflacionárias e à desancoragem das expectativas de IPCA. A previsão para os juros no fim de 2026 se mantém inalterada em 9,50%, como está há nove semanas. A projeção para o fim de 2027 segue em 9,0%, estável há 23 semanas.
DÓLAR
A estimativa Focus para o dólar no fim de 2024 apresenta alta pela segunda semana consecutiva, de R$ 5,42 para R$ 5,45. A estimativa para 2025 se mantém em R$ 5,40. Para 2026 e 2027, as projeções foram ajustadas, R$ 5,30 para R$ 5,33 em 2026 e de R$ 5,30 para R$ 5,35 em 2027, após seis e sete semanas de estabilidade, nesta ordem.
Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.