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28/Oct/2024

Brasil deve liderar debate da economia e do clima

Um grupo de empresários brasileiros se debruça, desde o início do ano, sobre os principais desafios econômicos contemporâneos para influenciar os debates que os países do G20, que reúne as maiores economias do mundo, responsáveis por 75% do comércio global, terão durante a cúpula do órgão nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Antes desse encontro oficial, no entanto, o B20 (braço empresarial do G20), reuniu-se em São Paulo para debater e divulgar os temas defendidos pelo grupo, e que deverão estar na pauta dos debates no Rio de Janeiro.

Três eixos atravessam a avaliação do setor privado em praticamente todas as entrevistas: transição energética e crise climática; necessidade de inclusão da mulher em patamar igual ao dos homens nos negócios; e discussões trazidas pela inteligência artificial. E eles são dominantes não apenas nos grupos que os analisam especificamente, mas também nos debates sobre finanças, comércio global e educação. O Brasil tem uma oportunidade única e deve usar o B20, o G20, a COP (conferência anual sobre mudança do clima) como instrumentos de inserção na geopolítica global. O Brasil deveria se colocar numa posição de ator relevante, principalmente na questão ambiental, onde podemos fazer uma grande transformação.

O B20 congrega empresários dos diferentes países ligados ao G20. São mais de 1,2 mil representantes do setor privado, que fazem um diagnóstico dos desafios comuns e recomendações aos governos sobre o que, na visão da iniciativa privada, deve ser prioridade nos debates do G20. Neste ano, com o Brasil na presidência do grupo, a coordenação do B20 ficou a cargo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Um documento com as principais recomendações do empresariado foi levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de agosto. Entre elas, está a revisão da restrição comercial imposta por países do G20 nos últimos três anos e a “promoção de metodologias aceitas internacionalmente para cálculo e prestação de contas sobre a pegada de carbono de produtos.

Algumas áreas do governo já têm absorvido o conteúdo do setor privado em seus documentos preparados para o encontro de chefes de Estado do G20. É o caso do debate sobre sistemas alimentares. Este ano, o B20 buscou simplificar e reduzir o número de recomendações aos governos. Cada grupo fez apenas três recomendações. O intuito é conseguir tornar mais efetivo o debate. O governo estabeleceu três temas para a cúpula do grupo deste ano: combate à fome e à pobreza, desenvolvimento sustentável e transição energética e a reforma de organismos de governança internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.