28/Oct/2024
O grupo de Comércio e Investimentos do G20 alcançou consensos nos quatro temas escolhidos como prioritários pela presidência brasileira, referentes a comércio e desenvolvimento sustentável, mulheres no comércio internacional, desenvolvimento sustentável em acordos de investimento, e reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os três primeiros tópicos são inéditos no G20 e o endosso dos ministros aos assuntos foi comemorado e classificado como “histórico” pelos negociadores brasileiros. Na frente vista como a mais ambiciosa, o grupo de ministros de Comércio e Investimentos divulgou um documento com nove princípios voluntários sobre comércio e desenvolvimento sustentável. Eles pedem, por exemplo, que as medidas adotadas pelos países sejam coerentes e alinhadas com acordos multilaterais e outros acordos internacionais, além de baseadas nas melhores evidências disponíveis.
A reunião dos ministros de Comércio e Investimento das 20 principais economias do globo aconteceu no dia 24 de outubro, em Brasília, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A plenária sucedeu encontros técnicos, na qual os negociadores das delegações amarraram os documentos divulgados hoje e que deverão ser anexados na declaração de líderes do G20 durante a cúpula que acontecerá em novembro. Ao todo, foram divulgados cinco documentos da trilha de Comércio e Investimentos. O primeiro deles é um resumo dos resultados alcançados pelo grupo, apresentado como “contribuição” para a Declaração do Rio. Já o segundo expõe os princípios do G20 sobre Comércio e Desenvolvimento Sustentável.
O terceiro se trata de um compêndio de boas práticas para aumentar a participação das mulheres no comércio internacional. É a primeira vez que o tema é tratado como prioridade no fórum econômico, destacaram os representantes brasileiros. A quarta publicação é um mapeamento de disposições sobre desenvolvimento sustentável e facilitação de investimentos em acordos internacionais. Trata-se de um estudo que foi reconhecido como referência pelos ministros, mas não pode ser considerado um documento aprovado pelo grupo. Por fim, foi divulgada também a declaração da Presidência brasileira do G20. Nela, o Brasil cita que, no contexto da reunião ministerial de Comércio e Investimentos que ocorreu nos últimos dois dias, alguns membros e outros participantes expressaram suas perspectivas sobre a Rússia e a Ucrânia, e a situação em Gaza.
Alguns membros e outros participantes consideraram que essas questões têm impacto na economia global e devem ser tratadas no G20, enquanto outros não acreditam que o G20 seja fórum para discuti-las”, apontou o documento, que diz ainda que a presidência brasileira do G20 conduzirá a discussão sobre essas questões entre os sherpas, nos próximos meses, em preparação para a Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro. Ao recordar a Declaração de Líderes de Nova Délhi, a Presidência Brasileira instou os membros a reforçarem o seu compromisso com o fortalecimento do G20 como uma plataforma eficaz de cooperação, baseada no consenso como sua ferramenta mais importante. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.