28/Oct/2024
Dados inéditos do Censo Demográfico 2022, divulgados na sexta-feira (25/10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o maior percentual de pessoas vivendo sozinhas no País ainda é de idosos, embora venha crescendo também em outras faixas etárias. A percentagem de domicílios em que vive apenas uma pessoa deu um salto significativo, passando de 12,20% em 2010 para 18,9% em 2022. Deste total, o maior grupo (28,7%) ainda é o de pessoas com 60 anos ou mais. São 5.664.602 brasileiros idosos vivendo sozinhos em todo o País. Apenas em São Paulo são 1.336.761. O envelhecimento da população é a principal explicação. Os parceiros morrem, os filhos saem de casa, e as pessoas vão ficando sozinhas.
As maiores proporções de domicílios com apenas um morador foram registradas no Rio de Janeiro (23,4%), Rio Grande do Sul (22,3%) e Espírito Santo (20,6%), sendo que Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os Estados com a população mais envelhecida. Os menores percentuais de casas unipessoais estão no Amapá (12,0%), Amazonas (13,0%) e Pará (13,5%), que também são os Estados mais jovens do País. De fato, números do Censo 2022 divulgados no fim do ano passado, mostravam que as Regiões Norte e Nordeste são as mais jovens do País, onde 25% e 21% da população têm até 14 anos. As regiões mais velhas são o Sudeste e Sul, ambas com percentuais de idosos que chegam a 12%. No Brasil, as pessoas com mais de 65 anos já representam 10,9% da população, uma alta recorde frente aos números de 2010, quando os idosos representavam 7,4% do total.
Em 1980, para se ter uma ideia, os mais jovens eram 38,2% e os mais idosos apenas 4%. Ou seja, a 'pirâmide' demográfica brasileira se parece cada vez menos com uma pirâmide e vai adquirindo um formato mais similar ao de uma ânfora, indicando que a grande maioria da população, atualmente, é de meia-idade. Este fato evidencia a tendência do início do fim do bônus demográfico (quando a proporção de jovens, a população economicamente ativa, é maior que a de idosos e crianças, elevando as chances de ganhos no PIB). Esse movimento teve início há cerca de 50 anos e começa a perder seus efeitos já a partir de 2030 ou mesmo antes, quando a maior parcela da população já será de idosos, aumentando a pressão sobre os gastos de saúde e previdência social. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.