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25/Oct/2024

Fiagros: estoque de financiamento cresce em 2024

Relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra o crescimento do interesse de investidores pelo setor do agronegócio. O estoque de recursos destinados por meio dos Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) atingiu R$ 40 bilhões no final de agosto deste ano, um crescimento de 5,3% ao ser comparado com os R$ 38 bilhões de dezembro de 2023. O ritmo de crescimento do estoque dos Fiagros no acumulado de 2024, até agosto, não fica muito atrás do registrado pelas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), com 6,1% de aumento.

Dentre os produtos de emissão bancária destinados ao agronegócio, a LCA é que apresenta a maior representatividade, com estoque total de R$ 487 bilhões, seguido pelas Cédulas de Produto Rural (CPRs), com montante de R$ 398 bilhões. Apesar de ainda terem menor representatividade frente às formas de financiamento tradicionais, os Fiagros vêm ganhando espaço rapidamente desde 2021, quando foram criados. Destaque para a evolução da regulação e os incentivos fiscais como impulso para expansão dos estoques. Entre 2022 e os dados mais recentes, o patrimônio desses fundos cresceu quatro vezes.

Ainda dentro de todos os produtos de financiamento do agronegócio, além dos já citados acima e dos Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs), as CPRs tiveram o maior crescimento percentual no mesmo período de comparação, chegando a 33,5%, seguidos pelos CDCAs, com 25,8% e pelos CRAs, com avanço de 14,9%. Os Fiagros tiveram crescimento na quantidade de fundos, com uma alta de 58%, chegando a 116 fundos. O patrimônio líquido alcançou R$ 41,7 bilhões, aumento de 141% de janeiro a agosto de 2024

Por fim, outro ponto destacado pelo relatório é em relação aos desafios enfrentados pelo setor, com a elevada taxa de juros sendo o principal deles, seguido pelos impactos causados pelos eventos climáticos extremos. A Selic alta aumenta os custos financeiros da produção, com efeitos negativos diretos sobre o fluxo de caixa dos produtores. Isso intensifica os riscos de inadimplência, principalmente em casos de quebra de safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.