25/Oct/2024
A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) destacou as contribuições do agro para o cumprimento das metas brasileiras de redução dos gases de efeito estufa e a agenda 2030, durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, na quarta-feira (23/10). A discussão tratou da participação do Brasil na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) que acontece de 11 a 24 de novembro em Baku, capital do Azerbaijão. O setor entende que a COP29 vai pavimentar a ambição sobre aquilo as propostas para as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC). O próprio acordo do clima prevê a ampliação da ambição a cada meta apresentada e os instrumentos para que a gente consiga avançar serão pavimentadas na COP29.
Os principais pontos do posicionamento da CNA para COP29 foram entregues ao governo durante um evento preparatório no início do mês. O agro tem grande potencial e papel importante para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Porém, a redução das emissões não pode ser feita a qualquer custo, há outros componentes que também são importantes como a garantia da segurança alimentar e energética. O agro consegue conciliar segurança alimentar, ambiental e energética. O posicionamento da CNA traz recomendações aos negociadores brasileiros que estarão em Baku, com pontos considerados importantes para o agro brasileiro. É preciso transformar o potencial do setor em diferencial competitivo.
Além disso, esse potencial deve ser traduzido em reconhecimento das ações que o setor já faz, com valoração e a criação de um instrumento que remunere essas ações. O setor produtivo contribui para a redução das emissões há pelo menos 12 anos com uma agricultura tropicalizada de baixa emissão de carbono. E pode contribuir para as metas que virão a partir de 2031, uma vez que o setor está de acordo em zerar o desmatamento ilegal a partir de 2030. O agro está pronto para adaptar e mitigar todos esses efeitos. A CNA irá acompanhar as discussões na Conferência do Clima e a ideia é levar o “melhor do agro” e trazer das negociações vantagens competitivas para o agronegócio brasileiro. Fonte: CNA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.