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25/Oct/2024

Roteiro do G20 para os Bancos Desenvolvimento

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a aprovação do "Roteiro do G20 para Bancos Multilaterais de Desenvolvimento", durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 Brasil. O movimento é um passo decisivo para reformar essas instituições. A Presidência brasileira entende a aprovação do roteiro como um passo decisivo para transformar os bancos multilaterais em instituições capazes de endereçar os 'Objetivos de Desenvolvimento Sustentável' e os desafios complexos dos nossos tempos. O roteiro aprovado tem três focos: aprimorar a eficiência operacional, aumentar a capacidade financeira e, por fim, fortalecer a habilidade de trabalhar como um sistema coeso e eficaz.

Um ponto essencial é a ampliação de investimentos privados com o objetivo de superar a atual taxa de alavancagem, estimada em uma pequena fração dos desembolsos dos Bancos de Multilaterais de Desenvolvimento. Igualmente importante é o foco na mobilização de recursos domésticos, no uso de financiamentos em moedas locais e de mecanismos de proteção cambial. Há necessidade de um monitoramento contínuo da capacidade financeira dos bancos multilaterais de desenvolvimento. É preciso garantir que a expansão do financiamento ocorra conforme as necessidades, de forma sustentável, sem comprometer a solvência e a estabilidade financeira dos bancos.

É necessário usar os instrumentos de capital híbrido e mecanismos de garantia, que contribuam para ampliar a capacidade de financiamento em uma gestão de risco prudente. Na visão de Haddad, à medida que os desafios globais persistem, são necessárias revisões periódicas e abrangentes dos recursos das instituições multilaterais. É fundamental garantir que esses organismos tenham a solidez financeira necessária para responder a crises e atender às necessidades de desenvolvimento de longo prazo dos países. O ministro também defendeu que as ações dos bancos multilaterais de desenvolvimento tenham maior impacto.

E, nesse sentido, cobrou estruturas de liderança mais diversas e inclusivas, tanto em termos de gênero, quanto de representação geográfica. Garantir que as vozes dos países de desenvolvimento sejam ouvidas e incluídas nos processos de governança e tomada de decisão é essencial para fortalecer a legitimidade e a eficácia dessas instituições. De acordo com o ministro, o consenso em torno do roteiro dos bancos multilaterais de desenvolvimento é o resultado de um longo processo colaborativo, baseado no diálogo. Haddad também mencionou, em discurso a banqueiros centrais e ministros das finanças, o trabalho de presidências anteriores do G20 e dos próprios bancos multilaterais.

Dentre os ouvintes, estavam nomes como o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, além de representantes de organismos multilaterais e de desenvolvimento como o FMI, Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A aprovação deste roteiro orientará os esforços coletivos para transformar os bancos multilaterais e contribuir para recolocar o mundo numa trajetória rumo ao alcance dos 'Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis' e das metas do Acordo de Paris até 2030, concluiu Haddad. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.