24/Oct/2024

Segundo o Santander Brasil, a continuidade da importação de produtos chineses pelo Brasil, à medida que os preços perdem força no país asiático, pode contribuir para um alívio na inflação doméstica medida pelo IPCA nos próximos meses. A projeção da inflação acumulada em 12 meses dos bens comercializáveis adquiridos junto à China deve ser de 4,3% ao final deste ano. Já a inflação dos bens comercializáveis comprados dos demais países deve atingir 4,5%, na mesma métrica.

Portanto, as importações chinesas são e continuarão a ser uma fonte de alívio parcial para a inflação dos bens comercializáveis locais, totalizando 0,20% de alívio em média durante os próximos meses. Considerando que os bens comercializáveis representam aproximadamente 30% do IPCA total, há um viés de baixa, de cerca de 0,10%, para a projeção oficial do banco de inflação de 2024. Hoje, a estimativa em tempo real do Santander aponta IPCA de 4,7% em 2024.

Apesar dos atuais desafios inflacionários do Brasil, a China está em um momento econômico marcadamente diferente. No Brasil, a principal preocupação é se a demanda interna está excedendo níveis sustentáveis, enquanto na China as preocupações são com uma demanda que perde força. À medida que a China enfrenta a deflação, muitos acreditam que a queda dos preços das importações chinesas no Brasil pode contribuir para uma redução das pressões inflacionistas locais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.